Saúde Mental Jun. 2017 | Page 29

Com tudo isso, ele ainda acrescenta:

A própria política de saúde presente atualmente nas instituições de saúde em todo o Brasil, cuja ênfase recai na redução dos custos independentemente da eficácia e efetividade sociais, ou seja, preocupada muito mais com a produção do que com a qualidade dos atendimentos, tem levado freqüentemente o psicólogo a um desencantamento com seu trabalho. Certamente esses problemas não são exclusivos dessa realidade e parecem abranger profissionais das mais diversas cidades brasileiras. (Dimenstein, 1998, p.73)

Torna- se evidente, a partir disso, como a manutenção da saúde mental no ambiente de trabalho é um desafio para o profissional de Psicologia. Além disso, devemos enaltecer a relevância dessa manutenção, visto que o profissional de psicologia está na maioria de suas atuações lidando com outras pessoas, sejam seus pacientes ou não; logo, a sua saúde mental afeta sua relação com o outro, e consequentemente seu trabalho. Conclui-se que, apesar de ser um desafio, é extremamente necessário que se mantenha a saúde mental, tanto pelo lado individual, quanto pelas influências na profissão.

Voltando para o contexto específico da saúde mental em si , de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), não existe uma definição oficial para esse termo, porém, existem seis itens que são identificados como critérios com o objetivo de constatá-la: 1) Atitudes positivas em relação a si próprio; 2) Crescimento, desenvolvimento e auto-realização; 3) Integração e resposta emocional; 4) Autonomia e autodeterminação; 5) Percepção apurada da realidade; 6) Domínio ambiental e competência social. Nesse contexto, com base nesses pontos, criou-se um questionário com 5 perguntas para 3 participantes graduados em Psicologia, com o objetivo de detectar como está e como eles próprios julgam a sua saúde mental. É importante destacar que todos os participantes são do sexo feminino e possuem entre 30 e 60 anos.

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