O Sarau a Tempo, nesta edição n° 3, vem descortinar o microcosmo em arte e o "ser diferente". Sabe-se que em uma sociedade globalizada e ordenada pela padronização sociológica, discutir ou refletir sobre essas questões é esbarrar em temas e conceitos perpetrados e penetrados, infurnados e fustigados nas mentes objeto.
Dessa maneira, a criação artística indubitalvelmente não pode seguir tais padrões impostos pela sociedade, pois a diversidade e pluradidade cultural estão espalhadas pelo planeta e devem ser lidas, incorporadas e vividas pelo artista que busca inspiração e procura o "diferente", as fontes para sua produção. Tom Zé, compositor, forja o termo "Globarbari-zação" neologismando essa fase, onde se estiola a arte em busca de subprodutos que atendam o capitalismo.
Infelizmente há artistas que se pros-tituíram aceitando o engodo de produzir "arte" dessa forma; produto para atender o sistema, que, em questões etnológicas, sobrepõe-se sobre a diversidade cultural e étnica. Os que resistem, desaparecem, se tornam invisíveis para essa sociedade dogmática e que é incapaz de reconhecer o "ser diferente".
O microcosmo em arte é a razão de tanta exuberância e pluraridade cultural que é manifestada com a atividade artística. Assim, não há como mensurá-lo ou atribuir-lhe juízo de valor, pois os conceitos em cada esfera cultural são variáveis, intrínsecos às diferenças de cada indivíduo. Portanto o valor cultural dessa ou daquela, o micro não pode ser refutado, mas sentido, "ouvido" e entendido sociologicamente. O Sarau A Tempo, um desses microcosmos, resiste.
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Sarau a Tempo N° 3 - Outubro
por Wagner Ortiz
No último evento o Sarau A Tempo , 26 de setembro, contou com a presença dos cativos Daniel Neto, Douglas Bunder, Xiko Szermeta, Sérgio Balla-
minut, Anísio Clementino e Gustavo Schiavinatto, além dos convidados ilustres: Iracema , Sabará, Raul Pimentel e Jorge Cavalcante. Foi mais um grande encontro, onde com o pouco se fez muito.
26/09/2016 - EJ - SCS
23 de set. e 23 de out.