Sarau a Tempo N° 3 - Outubro
Xiko de Osasco Francisco Szermeta
Momento Poético Social com
Escravocrata
Vai humilde ser
Ao trabalho
Ganhar seu pão
Vai produzir riquezas
Para o patrão
Vendendo a todos
A imagem
De um homem bom
Multiplica seu lucro,
Por mil
Na partilha
Divide por um
No final do mês
A recompensa
Miseras migalhas
Não da se quer
Para o feijão
Servo profissional
Assecla vestal
A soldo,
Do capital internacional
Citado como bem
Quando a todos faz mal
Uma vacina imunizadora
Ridícula desalentadora
Persistir em tão vil erro
Chega a ser pura ironia
Pior ainda
Põe nos numa fria
Por coincidência
Ou hipocrisia
Vendendo o povo
Coitado espia
A maldade de cada plantonista.
© Francisco Szermeta
Valente - 23-10-2016