Com a palavra, a professora!
Ver meus alunos tão envolvidos em um projeto de resgate das brincadeiras
tradicionais foi um imenso prazer, pois é sabido que o brincar tem grande importância na
formação dos estudantes pelo fato de ser considerada a primeira forma de cultura com a
qual a criança interage.
Estamos, hoje, acompanhando transformações socioambientais que vêm alterando
a relação do brincar infantil. Não há mais tempo para o lúdico! Não há mais lugar para a
proposição dessas brincadeiras! Não há mais a possibilidade de encontrar esses espaços
e construir esses momentos!
Com a redução do tempo e do local para o ato de brincar, consequentemente se dá
o aumento das horas em frente à televisão, diante de jogos eletrônicos e computadores.
Essas atividades, prazerosas e divertidas, não substituem as brincadeiras tradicionais no
sentido da aprendizagem motora ou da construção de elementos da personalidade que
dependem da relação com o outro. Nós, como escola, temos a preocupação de oferecer
este espaço, contando com a parceria da família.
Além disso, as atividades lúdicas são ferramentas indispensáveis no
desenvolvimento cognitivo, uma vez que, por meio delas, conseguimos garantir que o
aprendizado se torne mais significativo, que laços afetivos sejam fortalecidos, além de
trabalhar de modo prático e concreto as habilidades socioemocionais.
O brincar proporciona à criança o estabelecimento de relações com o meio ao qual
pertence, é uma das principais vias pela qual acessa o mundo, além de ajudá-la a
expressar seus pensamentos, ideias, imaginação e criatividade.
E, por falar em criatividade... QUANTA CRIATIVIDADE! As brincadeiras ganharam a
forma das palavras e se tornaram fábulas, poemas, contos fantásticos, relatos... Tudo
escrito com muito empenho e dedicação para o nosso almanaque. Desde o início do
projeto, todos estavam envolvidos, criaram jogos e brincadeiras interessantes, assim como
textos elaborados.
Espero que mergulhem nesse mundo mágico e inventivo do lúdico e apreciem cada
pedacinho deste almanaque.
Com carinho,
Denise Maria Guain Teixeira