só nos sobra dor e um triste lamento, só é bonito quando traduzido no som de um piano ou nas cordas de um violão.
Todas as vezes em que saí uma edição da revista eu penso será que na próxima edição terei boas novas para apresentar? Mas não, hoje assim como em todas as outras edições venho aqui com o coração vazio, sedenta por desabafar minhas dores, pois escrever aqui tem sido meu bálsamo, pois ninguém quer ver o luto, a dor e os medos que uma mãe de anjo leva consigo, por vezes nem mesmo a família quer ver essa face oculta que carregamos.
O que posso afirmar hoje é esperança é o que me guia, mas medo é o que mais me define, medo de nunca mais ser feliz como outrora fui, medo de não dar conta de tanta alegria se um dia conseguir ter em meus braços meu tão sonhado filho, e ainda o medo da culpa de me sentir feliz com outro filho nos braços e ser injusta com minha primogênita que hoje está no céu.
Ana Lúcia Pinto Vidal
Pedagoga e Funcionária Pública
Mãe da Anjinha Sofia
Palma de Monte Alto/Bahia (Brasil)
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