Meu Guerreiro Mateus
Oh vida! No dia 25 de agosto de 2015 conheci o maior amor do mundo. Mateus, meu filho, nasceu e era extremo prematuro. Tive síndrome de hellp na gestação. Logo fui informada que o meu pequeno tinha nascido no dia do soldado.
Um soldado lindo com 34 cm e 750 gramas de gostosura. Pudemos nos ver por 4 dias. No fim do quarto dia meu pequeno que não estava com o pulmão todo formado partiu.
A luta pela vida ali para ele tinha acabado. No dia 29 de agosto de 2015 fui chamada à UTI neonatal para me despedir do meu grande amor. Fiz questão de ter ele nos meus braços, fiz carinho, senti o cheiro dele, o beijei e me despedi. Meu anjo partiu e voltou para o Senhor.
Começou então a fase mais louca e mais intensa na minha vida. A dor era algo insuportável. A verdade é que a gente se prepara para ganhar: ter um filho e ser mãe. A gente não pensa na possibilidade da perda.
Eu era uma mãe de colo vazio e coração estraçalhado pela dor da perda. Logo veio 24 de novembro de 2015, data prevista para o nascimento. Chorei o dia todo e me isolei. Dezembro veio natal e reveillon. Celebrei com minha família. Mas por varias vezes fiquei com a voz embargada e os olhos cheios de lagrimas. E chorei durante a virada do ano.
Mas depois disso entendi que meu filho me deu a maior lição da minha vida. Ele me mostrou o quanto posso lutar e entendi que a minha permanência neste mundo significa que
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