Luto e Natal
A atmosfera natalina espalha-se na aura humana exacerbando a mágoa intrusa que desumaniza a essência de um ser…
O sentimento de esperança envolto em vultos sem face inquieta um espírito sem luz…
O meu ser… O meu espírito…
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E na lucidez transiente da minha inconsciência indago-me: “Será que não se lembram dos que morreram?”,” Das pessoas que amaram e partiram?” ou “Será que deveria me sentir feliz?”.
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Há uma inconsonância entre o luto intrínseco da alma e os estímulos extrínsecos que ditam a celebração e a alegria.
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E é no momento em que a lembrança da tua ausência se intensifica de forma profunda que concebo um memorial íntimo… Desenredo um ritual para reencontrar a tua presença – uma forma simbólica de te reviver…
Porque não morrerás verdadeiramente enquanto a tua energia etérea permanecer na minha alma.
Andreia Silva, 30 anos
Gestora de Seguros
Lisboa (Portugal)
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