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diminuído e por sorte o médico havia me dado 90% em ser uma menininha. É, Deus havia me presenteado com mais uma mocinha.
Com 15 semanas uma nova ultra e estava tudo bem com meu bebé, sem hematomas e com saúde “mil” pela idade gestacional a qual se encontrava. Com 20 semanas no dia 23/12/2015 bem no dia do meu aniversário recebi a confirmação que eu estava esperando uma PRINCESA, a Ágatha tinha enviado junto a Deus uma irmãzinha lá do céu para mim. Meu coração transbordava de alegria, mas nunca esqueci da minha Primogénita mesmo estando gravida. Filho nunca substitui outro filho. Mas procurei aproveitar essa nova oportunidade de gerar.
Foi passando o tempo e com 23 semanas fiz uma morfológica para saber como estava o desenvolvimento da Alice e por final estava muito bem. Cada mexida era uma aventura e uma eterna emoção. Mas, no dia 21/01/2016 acordei cedo, fui na consulta pré-natal de rotina. Tudo bem comigo, tudo ótimo com a bebé e do consultório fui para casa.
Comecei a sentir dor à tarde, mas achei que era normal pois meu corpo estava se preparando para dar lugar ao desenvolvimento dela. Quando fui ao banheiro senti uma cólica forte e ao me limpar saiu o muco verde, me desesperei, liguei para o médico e ele falou ir direta para a maternidade; meu marido veio a mil para me levar.
Cheguei na maternidade com dilatação total. Me deram a injeção para o endurecimento do pulmão da Alice, me deixaram de repouso absoluto, mas nada havia a ser feito a não ser aclamar por Deus. As contrações só aumentavam! Quando no início da madrugada o médico fez o toque e me encaminhou para sala de parto normal. Mas minha bebé não nascia, eu já não tinha força para botar ela para fora e um novo toque detetou a parada cardio-respiratória da minha filha.
Fui levada às pressas para a sala de cesariana e lá nasceu no dia 22/01/2016, as 02:03 da madrugada minha Pequena Guerreira Alice: ela teve colapso de cordão (quando o bebé fica enrolado no cordão umbilical) nasceu de 24 semanas e 3 dias pesando 0,695 gramas comprida - a cara do pai dela... Nasceu em silêncio, foi reanimada e foi levada direta para a neonatal para ser encubada... Passou a madrugada bem, reagindo bem aos exames.
Ficava apaixonada a cada minuto em ver minha filha lutando pela vida naquela neonatal. Mas na madrugada do dia 23/01 ela havia tido 3 paragens cardio-respiratórias, que a levaram a aumentar as doses de adrenalina. Deus já estava me preparando para levar minha segunda filha, pois pela manha fiquei com ela das 07:00 as 10:30 e ela estava bem. Reagindo muito bem a tudo.
Eu odiava que a enfermeira pegava no pezinho dela, muito sapeca. Esses são uns dos momentos da vida a qual dou valor hoje aos mínimos detalhes. Ao subir para o quarto subi com uma angústia na certeza que seria o último momento meu com minha pequena naquela sala viva. Chorei muito e quando foi as 11:00 hora dos dias 23/01/2016 veio a noticia que minha filha teve uma nova paragem cardíaca e não resistiu pois era uma bebé muito prematura e acabou pegando a maldita sepse hospitalar.