um grande aliado na luta contra a transmissão de doenças
Usar sabão para lavar as mãos é comum na nossa rotina de higiene. Hoje, em tempos de Coronavírus, usá-lo se tornou essencial para nos proteger da contaminação. Mas, já parou para pensar como é que ele age?
Conhecendo o sabão
Sabões são sais de ácidos carboxílicos obtidos pela reação entre um álcali e um composto graxo de origem animal ou vegetal. Esta reação é chamada de saponificação.
Reação de saponificação; processo de fabricação de sabão
Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Saponificação
Qual a origem deste produto?
Acredita-se que o sabão foi descoberto por acidente quando, ao se ferver gordura animal contaminada com cinzas, formava-se uma capa de gordura branca sobre a mistura. Os primeiros indícios de produção de sabão foram encontrados na Babilônia, cidade da antiga civilização da Mesopotâmia, e datam de 3000 - 2000 anos a.C. Também há vestígios de produção de sabão nas civilizações antigas de Egito e Roma. As primeiras saboarias modernas surgiram na Itália e na Península Ibérica no século X de nossa era.
Mas afinal, como o sabão funciona?
A estrutura química do sabão é a responsável por sua capacidade de “retirar a sujeira”. Estas moléculas possuem uma parte apolar, formada por cadeias carbonadas (R1, R2 e R3 na figura abaixo), e uma parte polar (-COONa).
Quando dissolvidas em água, várias moléculas de sabão interagem formando estruturas chamadas micelas nas quais a parte polar do sabão fica para fora, em contato com a
água e a parte apolar fica para dentro. Isso acontece pelo fato de a parte apolar ter pouca afinidade com a água. Assim, as micelas possuem uma cavidade apolar que tem afinidade com a gordura o qual permite englobar a sujeira mantendo-a em suspensão, fora da superfície que fica por fim lavada.
08