Revista Virtual - Meninas na Química n. 2. Maio de 2020 n. 2. Maio, 2020 | Page 8

um grande aliado na luta contra a transmissão de doenças

Usar sabão para lavar as mãos é comum na nossa rotina de higiene. Hoje, em tempos de Coronavírus, usá-lo se tornou essencial para nos proteger da contaminação. Mas, já parou para pensar como é que ele age?

Conhecendo o sabão

Sabões são sais de ácidos carboxílicos obtidos pela reação entre um álcali e um composto graxo de origem animal ou vegetal. Esta reação é chamada de saponificação.

Reação de saponificação; processo de fabricação de sabão

Fonte da imagem: https://pt.wikipedia.org/wiki/Saponificação

Qual a origem deste produto?

Acredita-se que o sabão foi descoberto por acidente quando, ao se ferver gordura animal contaminada com cinzas, formava-se uma capa de gordura branca sobre a mistura. Os primeiros indícios de produção de sabão foram encontrados na Babilônia, cidade da antiga civilização da Mesopotâmia, e datam de 3000 - 2000 anos a.C. Também há vestígios de produção de sabão nas civilizações antigas de Egito e Roma. As primeiras saboarias modernas surgiram na Itália e na Península Ibérica no século X de nossa era.

Mas afinal, como o sabão funciona?

A estrutura química do sabão é a responsável por sua capacidade de “retirar a sujeira”. Estas moléculas possuem uma parte apolar, formada por cadeias carbonadas (R1, R2 e R3 na figura abaixo), e uma parte polar (-COONa).

Quando dissolvidas em água, várias moléculas de sabão interagem formando estruturas chamadas micelas nas quais a parte polar do sabão fica para fora, em contato com a

água e a parte apolar fica para dentro. Isso acontece pelo fato de a parte apolar ter pouca afinidade com a água. Assim, as micelas possuem uma cavidade apolar que tem afinidade com a gordura o qual permite englobar a sujeira mantendo-a em suspensão, fora da superfície que fica por fim lavada.

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