UNS PERDEM, OUTROS TRANSFORMAM
Quanto mais rico o país, mais lixo se joga fora, mais lixo se recolhe, mais lixo se reaproveita e mais dinheiro se ganha com isso. Compare
Segundo especialistas, se o problema do lixo já estivesse bem
resolvido no Brasil, 10% da sua energia poderia ter como
fonte o biogás, constituído basicamente por metano e dióxido
de carbono liberados por detritos. Na contabilidade geral,
somando-se inclusive o dinheiro usado por governos e prefeituras para cuidar de aterros que não geram energia, está-se
jogando no lixo, por assim dizer, uma receita que pode
alcançar 10 bilhões de reais. Pois é: além de fazer bem ao
meio ambiente, à saúde e à paisagem, o tratamento adequado
do lixo ajuda a economia. É o desafio de uma nova era.
O QUE DIZ A LEI
Em agosto do ano passado, o então presidente Lula sancionou
a lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o
marco regulatório do setor. A lei estabelece a distinção entre
resíduo, que é o lixo reciclável, e rejeito, que não pode ser
reaproveitado, e faz a classificação dos tipos de detrito
(doméstico, industrial, eletroeletrônico, da construção civil,
da área de saúde etc).
Uma de suas determinações é que se dê tratamento adequado
a cada tipo de lixo e que se intensifique a reciclagem, com
ênfase na chamada logística reversa: o próprio fornecedor
recebe de volta o material descartado e o reutiliza, como já
acontece com pilhas e bat