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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’
Codificador e Decodificador: são utilizados para codificar e decodificar o sinal para que
não haja interferências com outros dispositivos próximos ao local.
Botão de pulso/comando: utilizado para enviar sinal ao codificador a fim de transmitir o
próprio ao sistema do semáforo.
O funcionamento do dispositivo ocorre de maneira bem simples, isto porque quando o
semáforo abrir para os pedestres, ou seja, ficar na cor verde, caso algum deficiente visual tenha
acionado o sistema por meio do botão de comando, a pulseira emitirá uma vibração contínua que
indicará que é permitida a travessia.
Todavia, quando o sinal estiver para fechar, ficar na cor vermelha intermitente, a pulseira
emitirá vibrações intervaladas por tempo determinado até que atinja o vermelho contínuo, quando
o sinal vibratório cessará, significando a proibição da travessia.
Enquanto isso, na sinaleira dos veículos terá uma indicação em cor azul, explicitando que há
um deficiente visual e/ou cego na via, propiciando aos motoristas a tomada de precauções extras.
A pulseira assemelha-se a um relógio comum, contendo um botão que fará a requisição da
análise semafórica através do transmissor/receptor de radiofrequência, além do
codificador/decodificador e sistema de alimentação por bateria e solar. Mais ainda, consiste em um
produto leve e de design agradável.
Por fim, denominado Communication Center, o dispositivo agregado aos semáforos,
consiste em um pequeno aparelho que utiliza uma das portas de comunicação do CLP, a fim de
manter a comunicação entre a pulseira e o controlador lógico programável.
Considerações Finais
O presente trabalho resultou na integração de um sistema de sinalização para pedestres e
condutores com funcionalidades específicas que apoiam a autonomia e a inserção social de
deficientes visuais e cegos.
Para o total funcionamento, exige-se uma incrementação na programação do comando e
estrutura dos semáforos vigentes, não havendo necessidade de alterações nos componentes que os
compões atualmente, dessa forma, preservam-se garantias da sinalização já existentes, reduzindo
os esforços em negociação com as entidades envolvidas.
A execução colaborativa do trabalho garante que a proposta apresentada atenda aos
requisitos especificados pelos deficientes visuais, cegos e seus cuidadores, os quais, ao decorrer
das atividades, analisaram os conceitos e desenvolvimentos, explicitando aptidão e desejo quanto a
utilização do sistema.
O plano deu ao grupo a oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos ao decorrer
do curso, além de projetar um sistema de orientação a partir de uma realidade, sem violação às
normas, regulamentações ou códigos de trânsito brasileiro, a fim de tornar o trânsito um local mais
seguro. Toda a atividade também permitiu o desenvolvimento de competências de trabalho em
equipe, conscientização social e gestão de projetos.
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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 2, jun./dez. 2018