Revista Técnica RS Revista Técnica RS n.2 | Page 23

REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’ Ÿ Codificador e Decodificador: são utilizados para codificar e decodificar o sinal para que não haja interferências com outros dispositivos próximos ao local. Ÿ Botão de pulso/comando: utilizado para enviar sinal ao codificador a fim de transmitir o próprio ao sistema do semáforo. O funcionamento do dispositivo ocorre de maneira bem simples, isto porque quando o semáforo abrir para os pedestres, ou seja, ficar na cor verde, caso algum deficiente visual tenha acionado o sistema por meio do botão de comando, a pulseira emitirá uma vibração contínua que indicará que é permitida a travessia. Todavia, quando o sinal estiver para fechar, ficar na cor vermelha intermitente, a pulseira emitirá vibrações intervaladas por tempo determinado até que atinja o vermelho contínuo, quando o sinal vibratório cessará, significando a proibição da travessia. Enquanto isso, na sinaleira dos veículos terá uma indicação em cor azul, explicitando que há um deficiente visual e/ou cego na via, propiciando aos motoristas a tomada de precauções extras. A pulseira assemelha-se a um relógio comum, contendo um botão que fará a requisição da análise semafórica através do transmissor/receptor de radiofrequência, além do codificador/decodificador e sistema de alimentação por bateria e solar. Mais ainda, consiste em um produto leve e de design agradável. Por fim, denominado Communication Center, o dispositivo agregado aos semáforos, consiste em um pequeno aparelho que utiliza uma das portas de comunicação do CLP, a fim de manter a comunicação entre a pulseira e o controlador lógico programável. Considerações Finais O presente trabalho resultou na integração de um sistema de sinalização para pedestres e condutores com funcionalidades específicas que apoiam a autonomia e a inserção social de deficientes visuais e cegos. Para o total funcionamento, exige-se uma incrementação na programação do comando e estrutura dos semáforos vigentes, não havendo necessidade de alterações nos componentes que os compões atualmente, dessa forma, preservam-se garantias da sinalização já existentes, reduzindo os esforços em negociação com as entidades envolvidas. A execução colaborativa do trabalho garante que a proposta apresentada atenda aos requisitos especificados pelos deficientes visuais, cegos e seus cuidadores, os quais, ao decorrer das atividades, analisaram os conceitos e desenvolvimentos, explicitando aptidão e desejo quanto a utilização do sistema. O plano deu ao grupo a oportunidade para aplicar os conhecimentos adquiridos ao decorrer do curso, além de projetar um sistema de orientação a partir de uma realidade, sem violação às normas, regulamentações ou códigos de trânsito brasileiro, a fim de tornar o trânsito um local mais seguro. Toda a atividade também permitiu o desenvolvimento de competências de trabalho em equipe, conscientização social e gestão de projetos. 23 REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 2, jun./dez. 2018