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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’
os deficientes visuais afirmam que para atravessar as ruas encontram muitas dificuldades e sérios
riscos de acidentes, a notícia traz afirmações da Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos,
que relata que: “boa parte dos semáforos não funciona ou não está de acordo com as necessidades
dos deficientes.”
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Outra pesquisa nos relata, reportada pelo portal de notícias G1 , que esses cidadãos sentem-
se excluídos diante das dificuldades encontradas para realização de tarefas simples, como
exemplos, sair de casa ou pegar um ônibus. Problemática que se confirma com o relato de um cego à
reportagem. Assim, segundo ele: “Se você não tiver coragem, não sai para a rua. É cruel. Um cego
precisa mesmo de coragem”.
Com base nas pesquisas citadas acima, o grupo buscou desenvolver um projeto cuja
finalidade é trazer conforto e segurança para esse público, promovendo sua inclusão social e
autonomia. Para tanto, o produto desenvolvido consiste em uma pulseira que efetua comunicação
por radiofrequência com outro dispositivo conectado aos semáforos de trânsito/pedestre. Com
essa aplicação acredita-se na possibilidade de eliminar as dificuldades decorrentes do dia a dia de
cidadãos portadores de deficiência visual no Brasil e garantir a efetivação de seu direito
constituição de ir e vir.
Desenvolvimento
Este trabalho consiste em uma aplicação social, logo, a etapa inicial para a execução deste
projeto foi o estudo das necessidades dos deficientes em meio ao centro urbano, o qual o portador
de necessidades especiais é parte integrante.
Em seguida, realizou-se uma busca mercadológica a fim de adquirir componentes para dar
forma ao projeto, que tem como objetivo a orientação aos cegos e deficientes visuais. Muitas
funcionalidades existentes que foram analisadas e suas características individuais colaboraram para
as escolhas dos elementos que deram funcionalidade à ideia.
Nesta seara, conhecendo os produtos disponíveis e as características do sistema de
sinalização de tráfego existente no Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, pode-se nortear
solução somatória àquelas já existentes. Logo, o Sistema de Orientação para Deficientes Visuais é
uma pulseira gerenciada por um controlador que ao decorrer das mudanças das etapas do
semáforo retorna ao usuário um sinal vibratório, em acordo com a realidade do trânsito.
Sendo assim, os componentes utilizados são:
CLP (Controlador Lógico Programável): estabelece comunicação entre os dispositivos
através da mudança de sinal dos semáforos, sempre que a pulseira for acionada.
Placa Fotovoltaica: dispositivo captador de energia limpa e renovável, tendo como
função o carregamento de bateria que faz a alimentação da pulseira.
Transmissor e Receptor: são equipamentos que consistem em um sistema de
comunicação por intermédio de ondas eletromagnéticas. Usados para interligar a
pulseira e o semáforo.
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REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 2, jun./dez. 2018