Revista Técnica RS Revista Técnica RS n.2 | Page 22

REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI ‘‘ROBERTO SIMONSEN’’ os deficientes visuais afirmam que para atravessar as ruas encontram muitas dificuldades e sérios riscos de acidentes, a notícia traz afirmações da Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos, que relata que: “boa parte dos semáforos não funciona ou não está de acordo com as necessidades dos deficientes.” 15 Outra pesquisa nos relata, reportada pelo portal de notícias G1 , que esses cidadãos sentem- se excluídos diante das dificuldades encontradas para realização de tarefas simples, como exemplos, sair de casa ou pegar um ônibus. Problemática que se confirma com o relato de um cego à reportagem. Assim, segundo ele: “Se você não tiver coragem, não sai para a rua. É cruel. Um cego precisa mesmo de coragem”. Com base nas pesquisas citadas acima, o grupo buscou desenvolver um projeto cuja finalidade é trazer conforto e segurança para esse público, promovendo sua inclusão social e autonomia. Para tanto, o produto desenvolvido consiste em uma pulseira que efetua comunicação por radiofrequência com outro dispositivo conectado aos semáforos de trânsito/pedestre. Com essa aplicação acredita-se na possibilidade de eliminar as dificuldades decorrentes do dia a dia de cidadãos portadores de deficiência visual no Brasil e garantir a efetivação de seu direito constituição de ir e vir. Desenvolvimento Este trabalho consiste em uma aplicação social, logo, a etapa inicial para a execução deste projeto foi o estudo das necessidades dos deficientes em meio ao centro urbano, o qual o portador de necessidades especiais é parte integrante. Em seguida, realizou-se uma busca mercadológica a fim de adquirir componentes para dar forma ao projeto, que tem como objetivo a orientação aos cegos e deficientes visuais. Muitas funcionalidades existentes que foram analisadas e suas características individuais colaboraram para as escolhas dos elementos que deram funcionalidade à ideia. Nesta seara, conhecendo os produtos disponíveis e as características do sistema de sinalização de tráfego existente no Brasil, especificamente na cidade de São Paulo, pode-se nortear solução somatória àquelas já existentes. Logo, o Sistema de Orientação para Deficientes Visuais é uma pulseira gerenciada por um controlador que ao decorrer das mudanças das etapas do semáforo retorna ao usuário um sinal vibratório, em acordo com a realidade do trânsito. Sendo assim, os componentes utilizados são: Ÿ CLP (Controlador Lógico Programável): estabelece comunicação entre os dispositivos através da mudança de sinal dos semáforos, sempre que a pulseira for acionada. Ÿ Placa Fotovoltaica: dispositivo captador de energia limpa e renovável, tendo como função o carregamento de bateria que faz a alimentação da pulseira. Ÿ Transmissor e Receptor: são equipamentos que consistem em um sistema de comunicação por intermédio de ondas eletromagnéticas. Usados para interligar a pulseira e o semáforo. 22 REVISTA TÉCNICA DA ESCOLA SENAI “ROBERTO SIMONSEN” – SÃO PAULO – n. 2, jun./dez. 2018