Rude e mais um bocado de bandas fazendo sucesso, e eu era de pré-adolescente pra adolescente. Então, eu também tive a minha banda de rok, Os Entregadores de Pizza. Eu tocava baixo. O baterista era até irmão do Jhander, que era o guitarrista da Plebe Rude. A gente fazia apresentação na garagem. No salão de festa do bloco de um deles, na verdade.
De onde vem o título de "Hendrix do Bandolim"?
Dos Estados Unidos, cara. Pessoal jornalista de lá que inventou essa moda aí. Na verdade, eu conheci o Jimi Hendrix depois disso. Sabia que tinha o Jimi hendrix, mas nunca tinha ouvido para valer. Essa coisa mais despojada, bandolim em pé e na correia, eu peguei do Armandinho. Eu não peguei do Jimi Hendrix. Mas como o Armandinho influenciado
pelo Jimi Hendrix e pelos Beatles, talvez tenha vindo por aí essa influência. Mas ela não é nada direta. Eu acho isso engraçado [a comparação com Jimi Hendrix]. O cabelo é parecido. [risos].
"A GENTE ENSAIAVA QUASE TODOS OS DIAS EM CASA E EU NUNCA SENTI COMO OBRIGAÇÃO."
Como você chegou ao bandolim de 10 cordas?
Foi uma vontade musial, diretamente ligada à polifonia. Eu ouvia um pianista, um violonista, um
acordeonista, e tinha vontade de fazer aquilo ali, tocar os três elementos da música: a melodia, o acorde e o ritmo, tudo ao mesmo tempo. Então eu pedi para um amigo fazer um bandolim um pouco maior, com 10 cordas — um luthier lá de Sabará [Minas Gerais], chamado Virgílio Lima. Ele fez o primeiro, ficou legal pra caramba. Iso já tem 15 anos. E durante esse tempo eu
venho desenvolvendo a técnica. Tanto que esse show atual, Pelo Brasil, é de bandolim solo. E o legal é que hoje em dia os luthiers do Brasil já estão fazendo bandolim de 10 cordas. Tem uma galera nova se interessando pelo instrumento. Eu fiz um site e o pessoal pode baixar o áudio de graça. Pessoal pode rearranjar.
Hamilton de H., pioneiro no Bandolim de 10 cordas, tocando o instrumento. Música: "1 byte cordas"