Tirar uma pessoas da rua é muito mais que coloca-la sob um teto. "Muitas vezes, a vida dessa pessoa realocada até piora, porque ela vai para um local onde não se relaciona com ninguém e pode acabar isolada e deprimida", Explica Sérgio de Cássio, membro da equipe do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), outra recente e importante parceria da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (sedestmidh) com a Namastê, área da Traços voltada para as ações sociais.
Além de fazer o acompanhamento das pessaos antes em situação de rua, ajudando-as a se estabelecerem em suas novas moradias e a fortalecerem em seus vinculos pessoais, o SCFV colcoa essas pessaos em contato com serviços públicos como escolas e postos de saúde. O objetivo é realizar 150 atendimentos em um ano. Criado em junho deste ano, o SCFV conta com uma equipe de dez profissionais. Conheça um pouco mais sobre três deles nos perfis a seguir.
O GIGANTE GENTIL
Diziam os gregos que o céu era sustentato pelos ombros poderosos de um gigante. Assim, Rogério Barba leva hoje, sobre os ombros largos, todos aqueles que pode sustentar. Membro da diretoria do Namastê e primeiro porta-voz da cultura da Traços, título que ostenta com muito orgulho, Rogério viveu a maior parte da vida nas ruas. Hoje, é o elo entre as duas coisas que mais ama no mundo: a Traços e a rua. O trabalho exige ombros fortes e a resolução de um gigante. "Normalmente, as pessoas que saem das ruas não querem trabalhar com ela, porque têm medo de voltar. Eu não: eu vivo na rua", afirma ele, que não esconde a paixão pelo lado bom da rua: "Obonito é que todo mundo divide tudo. Uma marmita ou um cobertor, se você não em alguém te empresta".