Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 316 - completa (Jan/Fev) – 2020 | Page 61
Objetivo é
agilizar o
atendimento
das demandas
do e Artefatos (IBTeC).
“É um momento muito importante
para o nosso setor, pela liberdade e o
acesso tão próximo com alguém que
nos quer representar em Brasília. Te-
mos algumas pautas bem claras, que
estão sendo encaminhadas. Basica-
mente os temas mais latentes são a
desoneração da folha de pagamento
e a mais latente de todas que é a Lei
Kandir, onde os estados estão com
sede de taxar as exportações e o Rein-
tegra, quase extinto”, destacou Gilmar
Hartz representante do Centro das In-
dústrias de Curtumes do Brasil (CICB).
“Hoje é um dia histórico para a
cadeia coureiro-calçadista nacional,
atividade que tem importância fun-
damental para o Brasil. O fato é que
mesmo ainda mantendo números
robustos, perdemos competitividade
tanto no mercado interno como exter-
no. Hoje, convivemos com a alta carga
tributária, problemas de infraestrutura
e uma logística cara e inefi ciente, en-
tre outros problemas que fazem parte
do custo Brasil. É importante a união
de todas as associações junto a frente
para que todos os problemas que te-
mos do setor possam ser ouvidos em
Brasília”, sustentou Aroldo Ferreira -
presidente da Abicalçados.
“Estamos sendo muito bem aten-
didos na Secretaria da Fazenda, para
que se busque a equalização das alí-
quotas de ICMS entre os estados. Não
é justo que quem está do lado de cá
do Mampituba tenha um custo muito
mais alto que quem está do lado de lá
e que na hora de competir no centro
do País essa disparidade se torne ain-
da mais latente. Concluo pedindo que
se olhe para a pirataria, que é muito
nefasta para o setor, especialmente
para a fabricação de sapatos e bolsas”,
solicitou Issur Koch - presidente da
Frente Parlamentar do Setor Coureiro
Calçadista na AL/RS.
“Temos um presidente da frente
parlamentar que é do setor, é da re-
gião, tem discernimento e capacidade
de articulação, que é o deputado Lu-
cas Redecker. Quero ajudá-lo nesse
trabalho da frente parlamentar em
Brasília”, afi rmou Giovani Feltes - de-
putado federal.
“Chegou o momento de união
de todas as forças. Neste momento,
representando a secretaria do De-
senvolvimento, existem três grandes
projetos do setor coureiro-calçadista,
que são prioritários para nós. Esse é
o setor que pode fazer o Estado gerar
emprego e não existe dignidade sem
emprego. Espero que comece um novo
tempo nesse Estado e no setor”, afi r-
mou Rubens Bender, da Secretaria de
Estado do Desenvolvimento.
“Todos que me conhecem sabem
que, pela minha ligação com o setor
coureiro-calçadista, estarei sempre
com as portas abertas e vou batalhar
para que vocês possam levar essas de-
mandas e acolher as empresas desse
setor que tenho o maior carinho, pois
foi ele que construiu a história da nos-
sa região”, comentou Fátima Daudt -
prefeita de Novo Hamburgo.
O setor coureiro-calçadista
no Brasil
A
indústria brasileira de cal-
çados é composta por 6,6
mil estabelecimentos, gera mais de
271 mil empregos, produz mais de
900 milhões de pares ao ano, com
valor superior a 20 bilhões de reais,
ocupando a quarta posição entre
os países fabricantes de calçados.
Considerando a cadeia produ-
tiva completa, com o segmento de
componentes, curtumes, máquinas
e serviços, o número de pessoas
empregadas é superior a 330 mil
em mais de 11 mil estabelecimen-
tos, que formam o mais completo
conglomerado industrial calçadista
em todo o mundo. Em 2018, a
cadeia gerou mais 30 bilhões de
reais em produção e 3,8 bilhões de
dólares nas exportações.
O calçado brasileiro é reconhe-
cido no mercado internacional por
sua qualidade, design diferenciado
e preço relativamente adequado,
indicando um posicionamento
competitivo diferente dos grandes
produtores asiáticos, o que lhe
assegura presença em cerca de
160 países compradores. Esta
diversifi cação de mercados enseja
a expectativa de que, recuperadas
as condições de competitividade
afetada nos anos recentes, retor-
nem as exportações à performance
antes atingida.
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