Revista Tecnicouro - Edição 313: comepleta Ed. 316 - completa (Jan/Fev) – 2020 | Page 57

PALESTRA ENSINA SOBRE educação financeira E m sequência ao Programa de Aprimoramento Profis- sional e Pessoal estabeleci- do pelo Instituto Brasileiro de Tecno- logia do Couro, Calçado e Artefatos (IBTeC) para aperfeiçoar a sua equi- pe de colaboradores, o gerente ad- ministrativo/financeiro, da institui- ção, Rogério Wathier, realizou no dia 6 de novembro uma palestra sobre Educação Financeira. O objetivo do encontro, muito além de dar dicas para um melhor controle das finan- ças pessoais, foi mostrar técnicas e ações práticas de como economizar, quitar dívidas ou realizar a melhor compra, fazendo com que a educa- ção financeira seja um hábito saudá- vel para o dia a dia. Rogério iniciou a sua fala inda- gando se todas as pessoas fossem estabelecidas em um mesmo nível, com os mesmos recursos financei- ros e as mesmas obrigações e opor- tunidades, será que todos teriam também a mesma capacidade de administrar essa situação? Parece que não, e um dos motivos para os diferentes resultados são os traços de caráter que cada indivíduo traz consigo. Logo em seguida citou como traços positivos o hábito de pensar coisas grandes, ter foco nas oportu- nidades, associar-se a pessoas positi- vas, avançar apesar do medo, buscar aprender e crescer constantemente, ser esforçado e saber aproveitar as oportunidades. Ele também elencou uma série de traços negativos tais como pensar coisas pequenas, focar nos problemas, associar-se a pes- soas inúteis, manter-se paralisado quando com medo, procurar sempre pelo menor esforço e desperdiçar as oportunidades que lhes são ofereci- das. Outro aspecto abordado foi a questão de ter ou não consciência sobre o que fazer com o dinheiro, sa- lientando que quando alguém perde o domínio sobre o dinheiro essa pes- soa pode ficar dominada pela condi- ção financeira, e quando a situação chega a este nível, pode não ser lá muito confortável. Nesta relação com o dinheiro, um dos fatores mais importantes é o tempo. “O tempo é um recurso que não se pode recuperar, por isso é preciso estar consciente sobre quan- to tempo se gasta para a realização de uma atividade e qual o valor que se recebe por este trabalho, mas di- ficilmente se pensa sobre isso”, pon- tuou. Ter a compreensão sobre o que é investimento e o que é custo, tam- bém ajuda na tomada de decisões mais acertivas. “O ideal é se investir em ativos - aqueles que geram ren- da, receita, como uma casa para alu- gar, estabelecer um negócio próprio. Pois quando adquirimos passivos, como um carro, por exemplo, fica- mos com dívidas. Rogério divulgou que no País, 63,3 milhões de consumidores se encontram inadimplentes sendo que destes, 39,7% devem para institui- ções financeiras e 60,3% para outros credores, sendo que a maior parte dos devedores (48 ,4%) estão na faixa etária dos 51 aos 60 anos. Ele destacou que quando uma pessoa perde o controle das suas finanças ela pode sofrer consequên- cias no rendimento no trabalho, nas relações de amizade, no convívio fa- miliar. “É uma situação que destrói relacionamentos, e as causas podem ser espontâneas - geradas por al- guma atitude tomada por impulso ou descontrole emocional, ou ainda oriunda de imprevistos, como casos de doença ou desemprego”, o que é sempre ruim, observou. Existem alguns sintomas que in- dicam que algo não vai bem nas fi- nanças, como começar a atrasar as contas, ter que recorrer seguidamen- te ao cheque especial, pagar somen- te o mínimo da fatura do cartão. “Se isso estiver acontecendo é preciso dar uma atenção especial e buscar ferramentas para solucionar”, avi- sou. Mas se existem sintomas tam- bém há cura para este mal. E o remé- dio começa com um levantamento de todas as despesas - internet, edu- cação, luz, IPVA e IPTU, plano de saúde - anotar todos os gastos nos mínimos detalhes durante um perío- do, fazer um balanço da renda e dos gastos e analisar juntamente com a família para elaborar juntos um pla- no, que vai desde o corte de gastos até encontrar novas fontes de renda e renegociar as dívidas mais difíceis. “Numa situação dessas é preciso comprometer a família e implantar ferramentas de controle e incentivo ao cumprimento das metas”, alertou. Para finalizar, o especialista re- forçou que é fundamental ter cons- ciência sobre o quanto se ganha e o quanto se gasta com as despesas fixas, para então saber o quanto so- bra para os outros gastos. Logo em seguida compartilhou uma tabela para facilitar o planejamento do or- çamento familiar. janeiro | fevereiro • 57