Revista Tecnicouro Ed. 327 Novembro - Dezembro 2021 | Page 55

“ É um programa com a proposição de desafios para que todos possam eventualmente trazer soluções para as indústrias do setor e concorram a promoções importantes ”, resumiu .
As mentorias para o desenvolvimento de soluções para os desafios apresentados ocorrem ao longo de todo o período , e o resultado final será apresentado no dia 6 de dezembro , quando cada equipe apresentará seu trabalho para uma banca julgadora que definirá os vencedores .
Entre os temas propostos como desafios estão : integração IoT , instrumentalização do conforto , marketing sensorial , produtos funcionais , sustentabilidade e equipamentos de proteção .
Nesta edição , as atividades serão 100 % online , tendo como mentores profissionais que são referência tanto em relação ao mercado calçadista quanto com especialistas em áreas conexas tais como : TI , automação industrial , marketing digital , growing up , entre outras .
Na primeira quinzena de novembro , acontecem as rodadas de atendimentos e questionamentos sobre os projetos buscando validações , levantamento de viabilidade técnica-econômica . No dia 25 de novembro , uma rodada de pitch , identificando oportunidades de melhorias nos projetos e sugestões para apresentação final . E no dia 6 de dezembro , será feita a apresentação final , com divulgação dos resultados . Até o fechamento desta edição da Tecnicouro , haviam 10 inscrições .

Retorno das produções private label internacional para o Brasil

No painel realizado ainda na segunda-feira ( 18 ), com mediação do diretor-presidente da Fenac , Marcio Jung , o diretor da Sunset Agenciamento e Intermediações , João Fernando Hartz , abordou o retorno das produções Private Label ( PL ) Internacional para o Brasil e a necessidade da indústria brasileira renovar o parque fabril , para a alta demanda .

Fernando lembrou que , nos anos 80 , o Brasil era protagonista em Private Label mas com o passar dos anos começou a ter uma participação muito mais discreta sem , entretanto , deixar de participar deste sistema de negócio . Hoje , com o advento da pandemia e o embate comercial travado entre a China e os Estados Unidos , o País passa novamente a ser olhado como opção pelos importadores . “ Este movimento mais forte recomeçou em 2018 / 19 , quando o governo Trump impõe aumento das taxas de importação de produtos chineses para o mercado americano . Com as relações comerciais entre as duas potências estremecidas , novos mercados passaram a ser buscados , e o Brasil ressurge como opção por sua capacidade produtiva e comprometimento com a qualidade dos produtos e o prazo de entrega ”, contextualizou .
A partir do momento em que as portas dos negócios e as fronteiras entre as nações se fecharam diante de um quadro pandêmico , as empresas brasileiras que não deixaram de se relacionar com seus antigos parceiros internacionais , mesmo estando voltadas quase exclusivamente para o mercado interno , começam a vislumbrar o PL como oportunidade real . Principalmente porque a China , grande abastecedora para o mundo , é a primeira nação a cerrar suas fronteiras . Acontece que as empresas precisam , além de entregar os pedidos já feitos , ter segurança para programar a produção , venda e entrega das próximas coleções , e ninguém sabe quando a pandemia vai realmente acabar .
Desafios e oportunidades
Os pedidos que chegam em dólar animam ainda mais os fabricantes devido à desvalorização do real ante a moeda americano . Mesmo assim , Fernando destaca que os fabricantes brasileiros não competem com a China por preço , mas pela velocidade da produção e entrega . Ele também salienta que esta situação não vai continuar por muito tempo . O câmbio variante causa sempre insegurança sobre o preço praticado . Haverá também um aumento de pedidos , depois virá um período de equilíbrio seguido de queda . As empresas que têm uma produção mais flexível terão vantagens para se adaptar . Algumas farão somente um determinado tipo de calçado , outras , com capacida-
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