Reutilização do couro calçadista
Alunos: Maisa Larissa Adam; Kauã da Silva; Caroline Bogado de Moraes
Orientador: Daniel de Souza Rocha
Instituição: Escola Técnica Estadual Monteiro Lobato - Taquara/RS
Bioplástico
O
s resíduos industriais são um problema ambiental, prin-
cipalmente nos locais onde há grandes indústrias. O
projeto desenvolvido tem o intuito de destinar os remanescentes
das indústrias calçadistas de forma que não prejudiquem o meio
ambiente e ao mesmo tempo seja algo benéfico para a socieda-
de. O trabalho trata-se do desenvolvimento de protótipos para
paredes internas, compostas por blocos feitos com diferentes
misturas de couro e pó de couro, cola PVA e fungicida. Pretende-
se também confeccionar uma massa para o assentamento dos
blocos, e para o revestimento, feitas do mesmo material.
Para averiguar a precisão das hipóteses supostas pelo grupo,
além da pesquisa realizada, foi produzida uma série de protótipos
que foram avaliados e selecionados aqueles que apresentaram
melhores resultados como amostra uniforme, texturas diferentes
de acordo com os materiais utilizados. Foi possível notar um tem-
po considerável para secagem das amostras, algo em torno de
7 dias. Alguns protótipos apresentaram melhores características
como baixa porosidade e uma boa compactação dos materiais.
Como os resultados dos protótipos foram satisfatórios, devido ao
acabamento e sua compactação, concluímos que é possível a re-
alização de blocos feitos de resíduos de couro calçadista.
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• março | abril
Alunos: Raira Ferreira de Matos; Maria Eduarda Laurino Kirst;
Felipe Furtado de Moura
Orientadora: Isabel Cristina Ferreira Gravato
Coordenador: Felipe Abreu da Silva
Instituição: Escola de Ensino Médio Sesi Eraldo Giacobbe - Pelotas/RS
O
objetivo deste projeto é produzir um biopolímero a par-
tir do amido de milho para a substituição de plásticos
de utensílios domésticos, como bandejas e potes. Com o cresci-
mento populacional no mundo e o modo desenfreado de uso do
plástico [(C10H8O4)n] que é um polímero de longa durabilidade
e alto consumo de sua matéria-prima, o planeta está cada vez
mais poluído e isso acarreta complicações à saúde das popula-
ções e causa problemas ambientais, pois ao serem degradados
eles são decompostos em partículas de até um milhão de vezes,
chamadas microplásticos, e essas micropartículas podem causar
danos à saúde das populações.
O componente químico que faz com que o plástico sintético
tenha resistência é o bisfenol A, (C15H16O12), suas moléculas
são instáveis e no sistema humano pode acabar gerando danos à
saúde. É importante destacar que o meio ambiente também está
cada vez mais prejudicado pelo excesso de plástico que é des-
cartado em lugares inapropriados, sendo que um dos ambientes
mais afetados são os oceanos.
Em contrapartida, o bioplástico tem como objetivo manter as
propriedades do plástico, diminuindo o impacto ambiental que
ele causa.
Para a produção do protótipo do biopolímero foram seguidas
as seguintes etapas: primeiramente, um Becker foi levado por 10
minutos ao banho-maria na temperatura de 95°C com 60 ml de
água, 10g de amido de milho, 15ml de ácido acético e 5ml de gli-
cerina. Na próxima etapa, se adicionou 15g de trigo ao processo.
Logo em seguida a mistura ficou homogênea e gelatinosa, sendo
envasada em uma placa de Petri servindo de molde. Posterior-
mente o material foi exposto ao sol para secagem.
Dados preliminares indicam que este método de produção
de biopolímero ainda apresenta restrições em relação ao conta-
to com a umidade e sua resistência. Em relação à exposição do
biopolímero à umidade, já foram obtidos métodos de contornar
esse problema com a substituição da água pelo álcool etílico
(99,8%). A resistência do bioplástico ainda é um desafio, neces-
sitando a análise dos seus componentes bem como aplicação de
protocolos de testagem para rigidez.