Revista Tecnicouro - Ed. 317 Ed. 317 - completa | Page 91

Confecção de protótipos de ecobags a partir do aproveitamento de fibras naturais Alunos: Otávio Barreto Rosso; Arildo Kulmann de Oliveira Orientador: José Nelsno de Moraes Coordenador: Evandro Ribeiro Rosso Instituição: Colégio Raymundo Luiz Marinho Carvalho - Porto Alegre/RS O estudo tem com o objetivo de analisar as possibilidades de aproveitamento de fibras naturais de região da Fron- teira Oeste do RS para a confecção de protótipos de ecobags para substituir as sacolas plásticas, que têm um tempo de decomposi- ção aproximado de 100 anos e causam impacto no meio ambiente. Nesta região existe uma variedade de fontes de fibras naturais que podem ser estudadas como matérias-primas para imprimir novas propriedades aos materiais. A pesquisa foi realizada a partir de três matérias-primas: palha de arroz, pseudocaule da bananeira e capim annoni. Após coletadas e separadas as amostras, foram realizados o processamento da matéria-prima; a fervura em solução alcalina; a medição do pH; a lavagem e processamento no liquidificador; a adição de cola e amido solúvel, até obter uma massa homogênea; a adição de água e da massa em uma bacia adequada; a submer- são da tela para obtenção da forma apropriada; a retirada do ma- terial da tela para iniciar o processo de secagem; a deposição do material sobre tecidos e, quando necessário, a prensagem. Sob o ponto de vista prático, quimicamente, o amido solúvel e a cola CMC substituem com eficiência a lignina na função de ci- mentação da mistura, além de garantir maleabilidade e resistên- cia, sem o risco da decomposição das matérias orgânicas (a lignina é um componente intercelular incrustante ou cimentador das célu- las fibrosas dos vegetais). Os produtos finais não apresentaram di- ferenças significativas, a não ser na aparência, embora não tenham sido realizados testes específicos na avaliação das diferentes pro- priedades e características. Embora o experimento não tenha pos- sibilitado a confecção em maior quantidade da mesma, conclui-se que é viável a produção dos protótipos e outros objetos a partir do aproveitamento de fibras naturais. Cultivo de microalgas para tratamento de chorume e retirada de nutrientes Alunos: Ana Beatriz Pelaquim Nunes; Amanda Proença Peixoto de Sousa Orientador: Fábio Luiz Ferreira Bruschi Coordenadora: Maria Fernanda da Costa Xavier Instituição: Colégio Interativa Londrina - Londrina/PR D ia após dia, os seres humanos produzem lixo, que se transforma em chorume. Os efluentes podem ser do- mésticos e industriais e geralmente são de forma líquida ou gasosa. Os métodos de extração desse líquido no Brasil são pre- cários e de baixa eficiência. Isso causa um ambiente com nutrição excessiva no qual o chorume é depositado em afluentes, resultando no processo de eutrofização. Pelo fato de o método de extração apenas eliminar organismos vivos e os reagentes como fosfato, amônia e nitrito irem direto para o rio, foi pensado na habilidade das microalgas em remover materiais inorgâ- nicos. O projeto busca tratar o esgoto do- miciliar com microalgas para limpar mais eficientemente e reduzir a poluição em afluentes e então produzir biomassa em grande escala. Para realizar o projeto, um fotobiorreator foi criado para manter as culturas de microalgas estáveis. Após isto, testes foram feitos para observar o cresci- mento de microalgas com concentrações de 0,5 grama, 1 grama, 1,5 grama e 2 gra- mas por litro de NPK e foram cultivadas em erlenmeyers esterilizados e não esteri- lizados com concentrações de 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50 e 55% de chorume, que tiveram amostras analisadas no microscó- pio e biomassa filtrada para análises de remoção de nutrientes. O maior cresci- mento em NPK ocorreu em concentração de 2 gramas por litro. Já nos cultivos com chorume, as mi- croalgas obtiveram melhor crescimen- to nas porcentagens de 20% e 25% (nos cultivos com diluições). Para processos industriais, a porcentagem de 20% seria mais viável, já que se pouparia água. Na remoção de nutrientes, a linhagem que se destacou também foi a de 20% de cho- rume. Isso mostra que as microalgas têm um grande potencial para tratar efluentes e que, em um refinamento do tratamento do chorume, a porcentagem de 20% seria a mais adequada. março | abril • 91