Confecção de protótipos
de ecobags a partir do
aproveitamento de fibras naturais
Alunos: Otávio Barreto Rosso; Arildo Kulmann de Oliveira
Orientador: José Nelsno de Moraes
Coordenador: Evandro Ribeiro Rosso
Instituição: Colégio Raymundo Luiz Marinho Carvalho - Porto Alegre/RS
O
estudo tem com o objetivo de analisar as possibilidades
de aproveitamento de fibras naturais de região da Fron-
teira Oeste do RS para a confecção de protótipos de ecobags para
substituir as sacolas plásticas, que têm um tempo de decomposi-
ção aproximado de 100 anos e causam impacto no meio ambiente.
Nesta região existe uma variedade de fontes de fibras naturais que
podem ser estudadas como matérias-primas para imprimir novas
propriedades aos materiais. A pesquisa foi realizada a partir de
três matérias-primas: palha de arroz, pseudocaule da bananeira e
capim annoni.
Após coletadas e separadas as amostras, foram realizados o
processamento da matéria-prima; a fervura em solução alcalina;
a medição do pH; a lavagem e processamento no liquidificador; a
adição de cola e amido solúvel, até obter uma massa homogênea;
a adição de água e da massa em uma bacia adequada; a submer-
são da tela para obtenção da forma apropriada; a retirada do ma-
terial da tela para iniciar o processo de secagem; a deposição do
material sobre tecidos e, quando necessário, a prensagem.
Sob o ponto de vista prático, quimicamente, o amido solúvel
e a cola CMC substituem com eficiência a lignina na função de ci-
mentação da mistura, além de garantir maleabilidade e resistên-
cia, sem o risco da decomposição das matérias orgânicas (a lignina
é um componente intercelular incrustante ou cimentador das célu-
las fibrosas dos vegetais). Os produtos finais não apresentaram di-
ferenças significativas, a não ser na aparência, embora não tenham
sido realizados testes específicos na avaliação das diferentes pro-
priedades e características. Embora o experimento não tenha pos-
sibilitado a confecção em maior quantidade da mesma, conclui-se
que é viável a produção dos protótipos e outros objetos a partir do
aproveitamento de fibras naturais.
Cultivo de microalgas para tratamento de chorume e
retirada de nutrientes
Alunos: Ana Beatriz Pelaquim Nunes; Amanda Proença Peixoto de Sousa
Orientador: Fábio Luiz Ferreira Bruschi
Coordenadora: Maria Fernanda da Costa Xavier
Instituição: Colégio Interativa Londrina - Londrina/PR
D
ia após dia, os seres humanos
produzem lixo, que se transforma
em chorume. Os efluentes podem ser do-
mésticos e industriais e geralmente são de
forma líquida ou gasosa. Os métodos de
extração desse líquido no Brasil são pre-
cários e de baixa eficiência. Isso causa um
ambiente com nutrição excessiva no qual
o chorume é depositado em afluentes,
resultando no processo de eutrofização.
Pelo fato de o método de extração apenas
eliminar organismos vivos e os reagentes
como fosfato, amônia e nitrito irem direto
para o rio, foi pensado na habilidade das
microalgas em remover materiais inorgâ-
nicos.
O projeto busca tratar o esgoto do-
miciliar com microalgas para limpar mais
eficientemente e reduzir a poluição em
afluentes e então produzir biomassa em
grande escala. Para realizar o projeto, um
fotobiorreator foi criado para manter as
culturas de microalgas estáveis. Após isto,
testes foram feitos para observar o cresci-
mento de microalgas com concentrações
de 0,5 grama, 1 grama, 1,5 grama e 2 gra-
mas por litro de NPK e foram cultivadas
em erlenmeyers esterilizados e não esteri-
lizados com concentrações de 5, 10, 15, 20,
25, 30, 35, 40, 45, 50 e 55% de chorume, que
tiveram amostras analisadas no microscó-
pio e biomassa filtrada para análises de
remoção de nutrientes. O maior cresci-
mento em NPK ocorreu em concentração
de 2 gramas por litro.
Já nos cultivos com chorume, as mi-
croalgas obtiveram melhor crescimen-
to nas porcentagens de 20% e 25% (nos
cultivos com diluições). Para processos
industriais, a porcentagem de 20% seria
mais viável, já que se pouparia água. Na
remoção de nutrientes, a linhagem que
se destacou também foi a de 20% de cho-
rume. Isso mostra que as microalgas têm
um grande potencial para tratar efluentes
e que, em um refinamento do tratamento
do chorume, a porcentagem de 20% seria
a mais adequada.
março | abril •
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