Revista Tecnicouro - Ed. 317 Ed. 317 - completa | Page 55

ICMS FOI REDUZIDO NO RS PARA SETORES COMO O coureiro-calçadista O governador Eduar- do Leite assinou no dia 27 de dezem- bro os decretos referentes ao primeiro Pacto Setorial Coo- perativo, com o setor courei- ro-calçadista, além dos setores de microcervejaria, cereais, fabricação de estruturas me- tálicas e eletroeletrônicos. “A palavra de ordem é competiti- vidade. Nada mais é do que nós reconhecermos que o Estado compete com outros Estados e, inclusive, com outros países. Num mundo cada vez mais glo- balizado, nós dependemos de estar em condições de compe- tir, garantindo a capacidade de aquilo que se produz no nosso Estado possa alcançar outros mercados com menor custo”, disse Leite. Os decretos foram conso- lidados após várias rodadas de negociações e o presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Setor Coureiro- Calçadista, deputado federal Lucas Redecker, que participou de diversas reuniões tratando sobre o assunto, comemorou a decisão. “Essa é uma conquista importante do setor coureiro- calçadista. Há muitos anos o setor vinha pleiteando essa re- dução de ICMS para aumentar a competitividade, principal- mente, em relação ao Estado de Santa Catarina”, afirmou ele. De acordo com Redecker ainda, o ponto mais importante da medida é que ela vai permi- tir a retomada do trabalho de empresas e garantir a perma- nência de outras no RS. “Agora temos condições de voltar a ge- rar empregos num setor que dá resultados rapidamente para a economia, como é o setor cou- reiro-calçadista”, afirmou. O primeiro Pacto Setorial Cooperativo é com o setor coureiro-calçadista. É um ins- trumento do programa Receita 2030 - conjunto de 30 iniciati- vas para modernizar a admi- nistração tributária gaúcha na próxima década - para a sim- plificação, transparência, efici- ência e segurança jurídica ao setor no Estado. A ideia é que ambos os lados trabalhem em cooperação para impulsionar a economia gaúcha. Ao governo caberá, por exemplo, facilitar o ambiente de negócios, esti- mulando a regularidade fiscal, o combate à pirataria, o con- sumo da produção gaúcha e criação de mecanismos de au- tocontrole para eliminar a in- formalidade e participação no programa Nota Fiscal Gaúcha. Os empresários se com- prometem com compra de cota mínima de matéria-prima de fornecedores locais, inves- timento na modernização e ampliação do parque fabril adquirindo preferencialmente equipamentos de produtores gaúchos, manutenção e incre- mento de empregos, entre ou- tros. “Esse é apenas o primeiro. Novos pactos setoriais serão assinados em 2020. Em todos eles, teremos reuniões periódi- cas com os representantes dos setores para monitoramento das ações e acompanhamento do mercado de forma geral, afi- nal, tudo muda a todo momen- to e o RS não pode ficar à mer- cê ou para trás novamente”, afirmou o secretário adjunto da Fazenda, Jorge Luis Tonetto. O principal benefício con- cedido ao setor é que as em- presas passam a utilizar mes- ma sistemática tributária de outros Estados, com alteração de tributação. Assinatura do Pacto Setorial Cooperativo com carga tributária na saída de 4% e compromisso mínimo de manutenção/incremento de arrecadação. março | abril • 55