ARTIGO
Gráfico dos efeitos dos arrastes de decapante nos enxágues. pH em função
do tempo
Corte a Laser - um grande vilão
Uma das maiores dificuldades que podemos encontrar na indústria do ramo da pintura predominantemente
é a inovação tecnológica que surgiu há alguns anos e vem “tirando o sossego“ de muitos profissionais do ramo:
o corte a laser. O sistema é de fato uma evolução fantástica quando se trata de aproveitamento e velocidade
de operação, precisão, enfim, as vantagens são várias no processo de manufatura. Porém, o efeito colateral que
este processo nos traz é a formação de um filme fino de um óxido de extrema dificuldade de remoção, necessi-
tando assim uma decapagem na linha.
Pronto, surgem os problemas, um banho ácido em uma linha de fosfato não tem espaço suficiente para
adaptação de um processo adequado, nem para uma neutralização eficiente, além do consumo do pacote quí-
mico ficar completamente desbalanceado, enfim, cria-se uma necessidade de reestruturação do processo.
As composições desses ácidos são também sempre uma dúvida: qual a melhor opção, qual me trará menor
problema? E se a linha for em aplicação por spray, é preciso providenciar uma decapagem fora da linha para
não comprometer a estrutura do equipamento? Dúvidas como estas são amplamente debatidas e recorrentes
nesse universo e, nesses casos, este processo neutro cai como uma luva.
O processo de forma geral, de acordo com o mercado, opera em baixas concentrações que variam de 2% a
5% em temperaturas de ambiente até 60º C - quando se deseja obter efeito de desengraxe simultâneo.
Figura 3 - Aplicação do decapante neutro a 3% a 30ºC
por 8 minutos. À esquerda, corpo de prova submetido à
ação do produto, à direita, corpo de prova em seu estado
original pós saída do corte a laser
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• setembro | outubro
Figura 4 - Amostra 1 - Aplicação do decapante neutro a 2%
a 50C° por 5 minutos
Amostra 2 - Corpo de prova em seu estado inicial
Amostra 3 - Aplicação do decapante clorídrico convencional
a 20% a temperatura ambiente por 10 minutos