avaliada caso a caso - é fazer uso do próprio decapante neutro, como um agente de limpeza (desengraxante
mesmo). Com a adição de surfactantes adequados, pode-se transformá-los em excelentes “agentes duplos”. É
Claro que isso implica em incremento das contaminações oleosas e graxosas na solução fazendo com que a vida
útil destas soluções sofra quedas bruscas e. muitas vezes, tornam os processos economicamente inviáveis. Por
essa razão, é necessário cautela na utilização.
Possibilidades de operação manual
A preparação e processamento manual das peças se torna uma possibilidade real já que estamos falando de
um produto ou processo que opera em pH entre 6 e 7 e temperatura ambiente, formulado com base em ácidos
orgânicos, além de concentrações baixas, tornando o processo bastante “amigável” ao contato humano. Deste
modo, é possível recomendarmos a aplicação em peças de grande porte, como dito anteriormente, peças que
não são comportadas em linhas de imersão ou jato, podendo então passar pela aplicação manual sem que haja
dano algum ao colaborador ou processo.
Vale lembrar que é um processo versátil, pode ser aplicado antes de entrar em processo de produção (com
as devidas recomendações) ou adaptar os processos, no fluxo das linhas, para operar com essa nova configura-
ção.
Contaminações
Uma clara vantagem técnica e econômica na utilização de uma decapagem neutra é a questão da conta-
minação aos estágios subsequentes no processo. Fica evidente que o simples fato de não termos na solução
decapante hidrogênio, cloretos, sulfetos, fluoretos, entre outros contaminantes indesejáveis, já é um grande
benefício. Além disso, a própria natureza química destas soluções traz uma tranquilidade que é a estabilidade
do pH dos banhos posteriores a este estágio do processo. Uma vez que isso ocorra, torna-se possível operar os
banhos com impactos muito menos sensíveis. Quimicamente falando, a vida útil dos banhos aumenta, a estrutu-
ra dos equipamentos é preservada, além da possibilidade de utilização e aplicação deste recurso da decapagem
em sistemas de túneis por spray.
Figura 1 - Antes do tratamento
Figura 2 - Após o tratamento
Evolução do pH ao longo do período de operação
Podemos notar as mínimas variações que os banhos apresentam quando plotamos um gráfico do pH dos
enxágues posteriores aos decapantes em função das horas do turno de trabalho (com baixa renovação), ácidos
e neutros em comparação. Podemos verificar em processos reais a influência que cada um dos modelos traz.
Fica evidente que quando se opera com processos de decapagem neutra a estabilidade do processo é maior.
setembro | outubro •
93