Revista Sesvesp Ed.124 | Page 6

MERCADO Cenário preocupa Pesquisa inédita da FENAVIST revela queda no número de vagas na segurança privada no primeiro semestre S e “conhecimento é poder”, como proferiu o filósofo, matemático e teórico político inglês Thomas Hobbes (1588–1679) em seu famoso Leviatã, os empresários da segurança privada no Brasil estão mais poderosos. Estudo inédito da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (FENAVIST) comprova que a crise econômica do país teve impacto direto no setor de segurança privada nos primeiros seis meses do ano. O primeiro semestre de 2015 segue a tendência de outros segmentos, de redução de empregos com carteira assinada. O setor enxugou mais de 10 mil postos de trabalho. No acumulado dos últimos 12 meses, a queda foi de mais de 6 mil vínculos empregatícios. No primeiro semestre, as vagas encolheram em todo Brasil, com destaque para o Sudeste, que perdeu 5,5 mil profissionais – mais da metade do registrado no país (-10.297). De julho de 2014 a junho de 2015, o Sudeste empregou e demitiu mais mão de obra na vigilância e segurança privada: 99.890 admissões e 104.746 demissões (-4.856 vagas). Somado ao total das atividades de transporte de valores (-1.547), a região reduziu 6.403 postos de trabalho. A análise das contratações em todo o país, a partir de 2007, apontou que a queda em 2015 é o pior resultado nos últimos nove anos. “Sabíamos que o mercado de trabalho no setor de segurança privada vinha acompanhando os demais segmentos econômicos, reduzindo contratações e demissões, porém, não sabíamos quantificar esse montante. Esse estudo possibilita traduzir a realidade em números e contribuir para a tomada de decisões”, analisa o presidente da FENAVIST, Jeferson Furlan Nazário. Parâmetro para o setor A pesquisa foi desenvolvida pelo Departamento de Estatística da Federação (DEF), em parceria com os ministérios do Trabalho e Emprego (MTE) e da Previdência Social (MPAS), com o objetivo de revelar para empresas, entidades sindicais laborais e patronais, comunidade científica e para a mídia dados relevantes sobre o mercado de trabalho no segmento. É o primeiro levantamento do gênero no país. “Não temos conhecimento de estudos similares específicos para o setor de segurança privada, nem no Brasil, nem no mundo. O que se tem são estudos mais abrangentes, como do setor de serviços, indústria, comércio etc.”, afirma Jeferson Furlan Nazário. “É fundamental termos um banco de dados orientador. As entidades existem também para produzir conhecimento ligado ao mercado, com informações fidedignas, das melhores fontes, para embasar as ações de seus associados”, avalia o presidente do Sindicato das Empresas de M