Revista Sesvesp Ed.124 | Page 12

Wt SEMINÁRIO Sistema Carcerário Nacional Entidades defendem que monitoramento de tornozeleira eletrônica em presos seja feito pela segurança privada O CONSELHO PENITENCIÁRIO DE SÃO PAULO Tem o prazer de convidá-lo para o Seminário sobre o Sistema Carcerário Nacional Vamos debater com especialistas as propostas e soluções para a área. Bloqueie sua agenda das 9h às 16h30 do dia 23 de outubro (sexta-feira) No Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo – Parque do Ibirapuera Apoiadores: S R.S.V.P. Priscilla L. Coelho [email protected] (11) 3858-7360 R. 216 istema Carcerário Nacional é o tema do seminário que se realizará na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo com o intuito de governo, instituições privadas e sociedade em geral discutirem as propostas e soluções para essa área nevrálgica. Promovido pelo Conselho Penitenciário do Estado de São Paulo, o encontro conta com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB/SP), do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo (SESVESP), da Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (FENAVIST), da Associação Brasileira das Empresas de Vigilância (ABREVIS) e da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE). As entidades patronais defendem que o monitoramento das tornozeleiras eletrônicas em presos no regime semiaberto seja feito por empresas de segurança privada, que são capacitadas e fiscalizadas pela Polícia Federal. Os profissionais de tecnologia não entendem a complexidade operacional. “As empresas de segurança privada são capacitadas não apenas para monitorar, mas também rastrear. Têm estrutura organizacional, como central instalada, efetivo treinado, processo de atendimento rápido, enfim, são altamente qualificadas”, avalia o presidente do SESVESP, João Eliezer Palhuca. Nos Estados Unidos, que fazem uso de dispositivos eletrônicos para controle de presos há 20 anos, cerca de 7 milhões de presos são monitorados por dispositivos eletrônicos, enquanto 12 | Revista SESVESP aproximadamente 3,5 milhões de encarcerados estão sob controle do Estado. E o monitoramento compete à segurança privada. No Brasil, existem em torno de 580 mil presos, mas cerca de 300 mil condenados estão soltos por falta de vaga em cadeia, e por volta de 300 mil condenados têm mandado de prisão não executado (ainda não foram presos). Insegurança O preço por comprar o aparelho e não contratar o serviço especializado é alto. Em Mato Grosso, a reincidência entre presos com tornozeleira eletrônica chega a 17%, segundo a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos. "No papel, quando você sai [da prisão], dizem que se você passar do horário ou deixar descarregar eles te ligam ou vão na sua casa no outro dia para te buscar, mas até hoje nunca fizeram nada disso comigo", declarou um detento à TV Centro América. Outro contou que alguns conseguem burlar o sistema e instalar o dispositivo em animais, para pegar o batimento cardíaco. Uma empresa de segurança privada é capaz de monitorar e rastrear 50 mil presos ao mesmo tempo. E, em casos de emergência, como o de o condenado sair do perímetro permitido, por exemplo, avisaria a Secretaria de Segurança Pública em apenas 1 minuto. Hoje, o agente penitenciário pode demorar até 24 horas para visitar o preso e certificarse de que ele não está infringindo a determinação judicial nem praticando algum ato criminoso – cada visita custa R$ 600 ao Estado, além de R