Revista Sesvesp Ed. 99 - Janeiro / Fevereiro 2011 | Page 47

ARTIGO Não faça do seu trabalho uma tortura Dalmir Sant’Anna Palestrante comportamental, Mestrando em Administração de Empresas (Univali), Autor do livro “Menos pode ser Mais” (3ª edição) e de inúmeros artigos publicados em revistas, sites e jornais. Vamos imaginar que você entrará em um palco, para apresentar uma peça de teatro chamada “2011: a superação de um dia após o outro”. Nas cenas serão apresentados os desafios para colocar em prática, as promessas e os sonhos que você deseja realizar. Nos bastidores do espetáculo está tudo pronto. As cortinas começam a abrir e os holofotes acendem sobre você. Não há como retornar ao camarim. Mas agora, vamos parar de imaginar e acreditar, que para conquistar um ano novo de realizações, será fundamental transformar o trabalho em algo cativante e prazeroso. Faça uma avaliação dos dois ciclos abaixo e descubra que a paixão e a satisfação no ambiente profissional revelam novas oportunidades de crescimento. Ciclo do trabalho como tortura – Por exercer uma atividade direcionada à insatisfação e desgosto, algumas pessoas abandonam o sentimento de amor ao próprio trabalho, que passa a ser um ciclo de vício e escassez de descobertas. Observe na imagem a seguir, que seu início ocorre com um clima de insatisfação diário, apoiado por constantes reclamações. Nesse estágio, é mais fácil apresentar justificativas, do que encontrar soluções para determinadas limitações. Em seguida, a ausência de qualificação reflete na limitação de ideias, na contribuição com sugestões de melhoria e no desenvolvimento de novos projetos. O trabalho como tortura completa o ciclo com a infelicidade profissional, que destaca o distanciamento da emoção pessoal em fazer uma atividade com satisfação. Na superfície, aparentemente há uma normalidade, entretanto no seu interior há inúmeras insatisfações. Uma pessoa que faz do trabalho uma tortura, demonstra falta de comprometimento e com frequência, fica oculto atrás de problemas. Normalmente, são indivíduos que optam em manter uma estabilidade na carreira. Gente que no começo do ano, pega o calendário para verificar quantos feriados tem no meio da semana e encontram sempre um motivo a mais para comemorar o afastamento do trabalho.Você conhece gente assim? Ciclo do trabalho como satisfação – Em perspectiva oposta, o trabalho como satisfação é um ciclo de constante crescimento com novas descobertas diárias, geradas por estímulo de fazer sempre o melhor. A vontade de continuamente aprender é um fator transformador para novas experiências. Esse ciclo apresenta seu início com a demonstração de um clima de valorização, apoiado pelo desejo de superar desafios pessoais e profissionais. Uma pessoa com satisfação no trabalho avança no desejo de inovar e abandonar rotinas improdutivas, pois a vontade de aprender, participar de processos de qualificação, treinamentos, palestras e cursos, enfatizam a constante atualização, permitindo observar oportunidades e empreender ações REVISTA SESVESP | JANEIRO / FEVEREIRO 2011 47