Revista Sesvesp Ed. 99 - Janeiro / Fevereiro 2011 | Page 30
DESTAQUE
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Lilian Ferracini
Mas talvez o que mais esteja preocupando o setor da
segurança privada é a possibilidade da legalização do “bico”
policial, aventada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, pelo seu Secretário Substituto,Alexandre Aragon, em
notícia divulgada pela Folha de S.Paulo. Entretanto, oficialmente, o Governo não se manifestou sobre o assunto.
“Politicamente, há um movimento para se impedir o
‘bico’ do policial e de se reforçar a PEC 300 (aquela emenda constitucional que pretende equiparar os salários dos
Policiais Estaduais – PC, BOMB e PM – com seus pares
do Distrito Federal). Os fundamentos enfatizam o estresse
de se trabalhar dupla jornada na área de segurança, o que
leva ao mau serviço prestado. Neste particular, quando
ocorrer concurso entre o público e o privado, o primeiro
fica em segundo plano, ou leva o policial a ações violentas, como o famoso caso do Rambo, em São Paulo, que
teria agido violentamente e matou quando em serviço no
turno público, após ter cumprido serviço privado, segundo informações não confirmadas. Ou veja pelas notícias
como reagiu a opinião pública, no ano passado, quando o
Comandante da PM do DF publicou Portaria oficializando
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REVISTA SESVESP | JANEIRO / FEVEREIRO 2011
o bico do policial na área de segurança: foi tão rechaçado
que teve de alterar a portaria e excluir a área de segurança. Concluindo, se a vontade política do país é de permitir
o bico do policial para seu emprego através de empresa
nos estádios de futebol, até para aproveitar sua expertise,
é o caso de se alterar a Lei 7.102/83 e fixar um