Revista Sesvesp Ed. 99 - Janeiro / Fevereiro 2011 | Page 12
ARTIGO
dos detidos o foram por causa de roubos, sendo furto, com 12%, o segundo motivo.
Outra pesquisa do IBOPE , encontrou apenas 1% dos paulistanos sentindo-se absolutamente seguros, e 84% dizendo que a cidade é “insegura para se viver”.
Essa amostra é representativa de todas as médias e grandes cidades e a insegurança hoje
atinge até o campo, os condomínios rurais. O setor de segurança privada, portanto, continuará cada vez mais essencial, ocupando cada vez mais espaço.
A SEGURANÇA PRIVADA COMPLETANDO OU SUBSTITUINDO A SEGURANÇA
PÚBLICA - Como nem tudo são flores, nessas ocasiões, tanto o Poder Público como o setor
privado tem que pensar o que fazer se houver insuficiência ou até uma greve de policiais.
Vide exemplo da mesma África do Sul. Se houver alguma greve no setor público, em alguma
das cidades, o setor de vigilância passará a ser decisivo para se ter um mínimo de condições
para a realização do evento (que ninguém se esqueça que vigilantes também fazem greve).
Dos aproximadamente 330 mil empregos diretos que serão criados, muito provavelmente mais de 20% estarão nessa área da atividade econômica. A discrepância entre ficar com
10% dos investimentos e criar 20% dos empregos é facilmente explicável pelo fato de ser a
atividade, de mão de obra-intensiva. A procura de mão de obra e sua preparação, deverão
estar entre os gargalos a dificultar o atendimento da demanda. Esperemos que o Ministério
do Turismo, o SEBRAE e outros órgãos que estão encarregados de preparação de mão de
obra olhem também para o setor de serviços que tradicionalmente não são relacionados ao
turismo, mas que serão igualmente importantes. O setor deve fazer sua parte, preparando
mão de obra desde já, removendo obstáculos legais, flexibilizando, inovando e incrementando
inteligência às suas atividades
Caberá ao setor de segurança fornecer planejamento, equipamentos e profissionais em
eletrônica, fazer estudos de risco e propor soluções, fornecer vigilantes para auxiliar a
atividade policial, escoltar jogadores, familiares e deslocamentos de turistas domésticos e
internacionais, ajudar a manter a ordem em aeroportos e estádios, proteger hotéis e comerciantes em geral,locais de visitação, estar presentes nos milhares de eventos que irão
ocorrer e inúmeras outras atividades.
A NOVA REALIDADE EXIGE UM SALTO DE QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - As empresas de segurança devem preparar-se para dar um salto de qualidade. Não
bastará ao vigilante ter o curso obrigatório exigido pela Polícia Federal.Terá que ter noções
de relacionamento, saber um mínimo de inglês, informar-se e desenvolver ele também sua
capacidade de raciocinar, de trabalhar e decidir sob tensão e manter equilíbrio emocional,
no que os treinamentos são muito importantes. Enfim, do vigilante não se exigirá que esteja
armado e seja valente, mas que saiba ser discreto, ensinar onde fica um hotel ou o caminho
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