CARGA TRIBUTÁRIA
Marcos Sintra economista e ex-secretário da Receita
Federal de Bolsonaro.
vidade no mercado internacional”.
O representante da UGT, Canin-
dé Pegado, se posicionou em favor
de um modelo tributário justo e
para todas as camadas da popu-
lação. “Defendemos há 30 anos
a reforma tributária”, reforçou o
dirigente sindical.
JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
Dois nomes peso quando o as-
sunto é economia, Marcos Cintra e
Everardo Maciel avaliaram o texto
apresentado como retrógado e
pouco transparente.
Cintra dividiu as críticas em três
pontos: atrasado do ponto de vista
digital, injusto com a agricultura
e pouco eficiente. “A reforma tri-
butária é de péssima qualidade.
Olha a economia no ponto de vista
analógico em plena era digital, não
é equânime, prejudicando muito o
agrobusiness, com reflexos negativos
na cesta básica”, criticou o defensor
do imposto único. “Vamos agora
iniciar uma luta inclemente contra a
proposta que está aí”, conclamou.
Ex-secretário da Receita Federal
(governo Fernando Henrique Car-
doso), Everardo Maciel defendeu a
transparência na discussão da PEC.
“O que se verifica é uma falta de in-
formação, de deslealdade política”,
enfatizou o especialista.
O senador Major Olímpio (PS-
L-SP) disse que aos presentes que
uma comissão especial – de 25
deputados e 25 senadores – terá a
missão de elaborar o relatório da
reforma. O parlamentar apoiou
o movimento das entidades. “Diz
uma história que quando o jabuti
está na árvore é porque tem mão
da enchente ou tem mão de gente!”,
aos brados repetia o senador pes-
selista. A comparação era devida
à “mão de gente” propondo refor-
mas tributárias em Brasília sem o
devido respaldo para, ou tirando
proveito próprio em detrimento do
sofrimento de diversas categorias
empresariais e de trabalhadores.
“Sou parte do governo que está aí,
contudo a condução das propostas
apresentadas e em tramitação não
atendem a ninguém, ou melhor, só
atendem aos poderosos”, asseverou
Major Olímpio.
“Até agora os burocratas e a
política convencional acharam que
iam fazer passar goela abaixo a PEC
45 da Câmara ou a PEC 110 do
Senado sem consultar, sem ouvir
os segmentos dos trabalhadores
até dos empresários. Esse evento
de hoje mostra que a população
vai reagir às duas propostas, que
são horríveis. A PEC 45 foi feita
por uma empresa de consultoria
privada contratada para ter aque-
le conteúdo e que só favorece os
bancos e banqueiros, alguns setores
da indústria que pagaram para ter
aquele projeto. Isso sem ouvir a
população que vai ser arrebenta-
da. Hoje, todos os segmentos da
sociedade estão dizendo não a estas
PECs, o setor de serviços a CE-
BRASSE, a Fenavist e o SESVESP
estão conosco nessa luta, contra o
aumento da carga tributária que es-
sas duas propostas trazem consigo”,
finalizou o senador Major Olímpio.
Senador Major Olímpio foi bem enfático em dizer que as PECs 45 e 110 não agradam trabalhadores e empresários.
Revista SESVESP
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