Revista Sesvesp Ed. 150 | Page 13

MATÉRIA DE CAPA lembra de um incidente em 2019 na Avenida Berrini (Zona Sul), quando houve problema na dis- persão, dificultando o trânsito na região. A presença de um gestor no local evitaria o problema. Centro de controle do carnaval de rua de São Paulo. zando, assim, o planejamento e a prevenção. De acordo com o Guia, somente blocos, bandas e cordões carnavalescos com esti- mativas de mais de 40 mil partici- pantes são obrigados a apresentar um plano de ação. O documento é organizado em forma de escala e está assim dividido: até cinco mil pessoas, a produção do bloco não precisa de segurança, de 5 mil até 15 mil, é obrigatório dois seguranças, de 15 mil a 40 mil, quatro seguranças. Marco Antonio Lopes reforça que o plano é de responsabilida- de de um profissional certificado pelo Conselho Regional de Admi- nistração (CRA). “Ele pode assi- nar o plano e fazer o encaminha- mento à Polícia Militar, sugere o diretor do SESVESP. O diretor critica ainda o guia municipal por olhar só a ques- tão da segurança para os grandes blocos. “Seja pequeno, médio ou grande bloco, a nossa posição é: que cada um tenha o seu plano de segurança assinado por um profis- sional qualificado. É ele vai pensar como socorrer as pessoas, proce- der de forma correta no caso de uma invasão no entorno do carro de som, determinar o lugar onde agentes vão ficar, definir os unifor- mes de trabalho, orientar o moto- rista do veículo do bloco, limitar o número de pessoas em cima do trio e se comunicar com a PM”. Ao reforçar o papel de um gestor qualificado, o sindicato PARCERIA COM A POLÍCIA MILITAR O chefe do policiamento militar da Capital major Osmário Fer- reira da Silva, destaca que desde 2018 a PM – que cuida da segu- rança externa dos desfiles -, per- cebe avanços na parcerias com as empresas de segurança privada. “Em 2018, ocorreram em alguns eventos relatos de agressões e utilização de spray de pimenta contra foliões por seguranças de blocos, com instauração de inqué- rito. Esses fatos não ocorreram no ano passado”, observa. Osmário Ferreira da Silva cita como exemplos os desfilies de megablocos na Marquês de São Vicente (Zona Oeste) e Faria Lima (Zona Oeste), em que agentes pri- vados revistaram foliões no acesso aos corredores para evitar o ingres- so de garrafas e materiais cortantes. “São dois exemplos da segurança privada desonerando o trabalho da Polícia Militar”, encerra o chefe do policiamento militar. BOX CARNAVAL CALENDÁRIO DO CARNAVAL DE RUA DE SÃO PAULO PRÉ-CARNAVAL: 15 e 16 de fevereiro CARNAVAL: 22, 23, 24 e 25 de fevereiro PÓS-CARNAVAL: 29 de fevereiro e 1º de março FONTE: Guia de Regras e Orientações do Carnaval de Rua Revista SESVESP 13