MATÉRIA DE CAPA
lembra de um incidente em 2019
na Avenida Berrini (Zona Sul),
quando houve problema na dis-
persão, dificultando o trânsito na
região. A presença de um gestor
no local evitaria o problema.
Centro de controle do carnaval de rua de São Paulo.
zando, assim, o planejamento e
a prevenção. De acordo com o
Guia, somente blocos, bandas e
cordões carnavalescos com esti-
mativas de mais de 40 mil partici-
pantes são obrigados a apresentar
um plano de ação.
O documento é organizado
em forma de escala e está assim
dividido: até cinco mil pessoas, a
produção do bloco não precisa de
segurança, de 5 mil até 15 mil, é
obrigatório dois seguranças, de 15
mil a 40 mil, quatro seguranças.
Marco Antonio Lopes reforça
que o plano é de responsabilida-
de de um profissional certificado
pelo Conselho Regional de Admi-
nistração (CRA). “Ele pode assi-
nar o plano e fazer o encaminha-
mento à Polícia Militar, sugere o
diretor do SESVESP.
O diretor critica ainda o guia
municipal por olhar só a ques-
tão da segurança para os grandes
blocos. “Seja pequeno, médio ou
grande bloco, a nossa posição é:
que cada um tenha o seu plano de
segurança assinado por um profis-
sional qualificado. É ele vai pensar
como socorrer as pessoas, proce-
der de forma correta no caso de
uma invasão no entorno do carro
de som, determinar o lugar onde
agentes vão ficar, definir os unifor-
mes de trabalho, orientar o moto-
rista do veículo do bloco, limitar
o número de pessoas em cima do
trio e se comunicar com a PM”.
Ao reforçar o papel de um
gestor qualificado, o sindicato
PARCERIA COM A POLÍCIA MILITAR
O chefe do policiamento militar
da Capital major Osmário Fer-
reira da Silva, destaca que desde
2018 a PM – que cuida da segu-
rança externa dos desfiles -, per-
cebe avanços na parcerias com as
empresas de segurança privada.
“Em 2018, ocorreram em alguns
eventos relatos de agressões e
utilização de spray de pimenta
contra foliões por seguranças de
blocos, com instauração de inqué-
rito. Esses fatos não ocorreram no
ano passado”, observa.
Osmário Ferreira da Silva cita
como exemplos os desfilies de
megablocos na Marquês de São
Vicente (Zona Oeste) e Faria Lima
(Zona Oeste), em que agentes pri-
vados revistaram foliões no acesso
aos corredores para evitar o ingres-
so de garrafas e materiais cortantes.
“São dois exemplos da segurança
privada desonerando o trabalho da
Polícia Militar”, encerra o chefe do
policiamento militar.
BOX CARNAVAL
CALENDÁRIO DO CARNAVAL
DE RUA DE SÃO PAULO
PRÉ-CARNAVAL: 15 e 16 de fevereiro
CARNAVAL: 22, 23, 24 e 25 de fevereiro
PÓS-CARNAVAL: 29 de fevereiro e 1º de março
FONTE: Guia de Regras e Orientações do Carnaval de Rua
Revista SESVESP
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