Revista Sesvesp Ed 147 | Page 23

NOTÍCIAS FENAVIST EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, FENAVIST PEDE URGÊNCIA NA APROVAÇÃO DO ESTATUTO DA SEGURANÇA PRIVADA O presidente da Fenavist, Jeferson Nazário, foi o primeiro debatedor a falar na Audiência Pública que dis- cute o Estatuto da Segurança Priva- da na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado. Na apresentação, Nazário destacou que a Fenavist representa o segmento em todo País, agregan- do sindicatos em todas as unidades federativas, somando mais de 2.600 empresas e 553.905 trabalhadores. Nazário apresentou ainda núme- ros que apontam que o segmento perdeu 100 mil postos de trabalho entre 2014 e 2018. Com argumen- tos sólidos, demonstrou que esse cenário é prejudicial às empresas, trabalhadores e governo, que per- de em arrecadação. Além disso, deixou claro que se o Estatuto da Segurança Privada, que tramita há mais de uma década, já tivesse sido aprovado, a situação seria outra. Além disso, ficou evidenciado a quebra de um mito. Assim como todas as outras atividades econô- micas, a segurança privada cresce em meio a uma economia forte, e não diante do aumento da violên- cia. “O setor cresce com uma eco- nomia forte e organizada”, expli- cou o presidente da Fenavist. Outro motivo apontado como fundamental para a aprovação do Estatuto é a clandestinidade, con- forme destacou Jeferson Nazário. “Alguns estudos demonstram que para cada empresa formal existem três ilegais. Isso sem contar a se- gurança eletrônica, que virá para a legislação”. Atualmente, existem aproximadamente 11 mil empresas de segurança eletrônica atuando sem uma norma específica. Também foram apresentados os novos nichos que a nova legislação cria como a segurança perimetral nos estabelecimentos prisionais; segurança em unidades de conser- vação; monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança e rastrea- mento de numerário, bens e valores; gerenciamento de riscos em opera- ções de transporte de numerário, bens ou valores; controle de acesso em portos e aeroportos entre outros. Ao finalizar a apresentação, o presidente da Fenavist lembrou que a Lei 7.102, de 1983, está de- fasada, uma vez que nos últimos 36 anos houve um grande avanço tecnológico e nos processos apli- cados nos serviços de segurança. Desta forma, ressaltando que o Estatuto da Segurança Privada já passou por uma exaustiva trami- tação tanto na Câmara quanto do Senado, Jeferson Nazário fez um apelo ao Senador Randolfe Rodri- gues (Rede-AP), relator do proje- to na Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle. “O apelo é para que ele relate o quanto antes esse projeto. Porque como disse, nosso setor em 36 anos mudou muito. A tecnologia veio, e hoje o vigilante não trabalha sem a tecnologia e a tecnologia não traba- lha sem o vigilante. Nós temos uma ideia que, em cinco anos, nós pode- mos gerar um milhão de empregos. Parece um número assustador, mas é real, porque nós temos muitas em- presas trabalhando à margem da lei, e muitas delas sem a formalização do seu trabalhador. Então, o traba- lhador sofre, o governo perde, e os empresários perdem”, argumentou. Revista SESVESP 23