NOTÍCIAS FENAVIST
EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO, FENAVIST
PEDE URGÊNCIA NA APROVAÇÃO DO ESTATUTO
DA SEGURANÇA PRIVADA
O presidente da Fenavist, Jeferson
Nazário, foi o primeiro debatedor a
falar na Audiência Pública que dis-
cute o Estatuto da Segurança Priva-
da na Comissão de Transparência,
Fiscalização e Controle (CTFC) do
Senado. Na apresentação, Nazário
destacou que a Fenavist representa
o segmento em todo País, agregan-
do sindicatos em todas as unidades
federativas, somando mais de 2.600
empresas e 553.905 trabalhadores.
Nazário apresentou ainda núme-
ros que apontam que o segmento
perdeu 100 mil postos de trabalho
entre 2014 e 2018. Com argumen-
tos sólidos, demonstrou que esse
cenário é prejudicial às empresas,
trabalhadores e governo, que per-
de em arrecadação. Além disso,
deixou claro que se o Estatuto da
Segurança Privada, que tramita há
mais de uma década, já tivesse sido
aprovado, a situação seria outra.
Além disso, ficou evidenciado a
quebra de um mito. Assim como
todas as outras atividades econô-
micas, a segurança privada cresce
em meio a uma economia forte, e
não diante do aumento da violên-
cia. “O setor cresce com uma eco-
nomia forte e organizada”, expli-
cou o presidente da Fenavist.
Outro motivo apontado como
fundamental para a aprovação do
Estatuto é a clandestinidade, con-
forme destacou Jeferson Nazário.
“Alguns estudos demonstram que
para cada empresa formal existem
três ilegais. Isso sem contar a se-
gurança eletrônica, que virá para a
legislação”. Atualmente, existem
aproximadamente 11 mil empresas
de segurança eletrônica atuando
sem uma norma específica.
Também foram apresentados os
novos nichos que a nova legislação
cria como a segurança perimetral
nos estabelecimentos prisionais;
segurança em unidades de conser-
vação; monitoramento de sistemas
eletrônicos de segurança e rastrea-
mento de numerário, bens e valores;
gerenciamento de riscos em opera-
ções de transporte de numerário,
bens ou valores; controle de acesso
em portos e aeroportos entre outros.
Ao finalizar a apresentação, o
presidente da Fenavist lembrou
que a Lei 7.102, de 1983, está de-
fasada, uma vez que nos últimos
36 anos houve um grande avanço
tecnológico e nos processos apli-
cados nos serviços de segurança.
Desta forma, ressaltando que o
Estatuto da Segurança Privada já
passou por uma exaustiva trami-
tação tanto na Câmara quanto do
Senado, Jeferson Nazário fez um
apelo ao Senador Randolfe Rodri-
gues (Rede-AP), relator do proje-
to na Comissão de Transparência,
Fiscalização e Controle.
“O apelo é para que ele relate o
quanto antes esse projeto. Porque
como disse, nosso setor em 36 anos
mudou muito. A tecnologia veio, e
hoje o vigilante não trabalha sem a
tecnologia e a tecnologia não traba-
lha sem o vigilante. Nós temos uma
ideia que, em cinco anos, nós pode-
mos gerar um milhão de empregos.
Parece um número assustador, mas
é real, porque nós temos muitas em-
presas trabalhando à margem da lei,
e muitas delas sem a formalização
do seu trabalhador. Então, o traba-
lhador sofre, o governo perde, e os
empresários perdem”, argumentou.
Revista SESVESP
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