MATÉRIA DE CAPA
A produção atual é de 6 mil pis-
tolas calibre 380 por ano, de um
total de 7 mil armas, de todos os
calibres, fabricadas na unidade de
Itajubá (MG). Segundo o assessor,
o aumento na produção deman-
dará contratação de trabalhadores.
Como a empresa é estatal, o ingres-
so permanente se faz via concurso.
A solução será chamar o cadastro
de reserva de candidatos ou contra-
tar empregados temporários.
A empresa foi criada em 1975 para
suprir as Forças Armadas com
armas, munições, rádios e outros
equipamentos. Produz fuzis ca-
libres 556 e 762, pistolas calibres
380, .40 e 9 mm, além de facas,
explosivos e sistemas de comunica-
ção. Também desenvolve e vende,
para as Forças Armadas, o Projeto
Combatente Brasileiro (COBRA),
Soldado do Futuro, que envolve o
armamento, os equipamentos de
comunicação e de energia.
EXPORTAÇÃO E EMPRESAS
ESTRANGEIRAS
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Revista SESVESP
“O decreto [saiu] em
janeiro. O processo da
compra de armas no
Brasil é extremamen-
te sério, em termos de
exigências legais. Têm
todas as declarações e
certidões que o cidadão
tem que tirar, o exame
psicotécnico e o curso
de tiro”
(Salésio Nuhs
– presidente da
Taurus)
De acordo com Salésio Nuhs, 90%
da produção da Taurus vão para o
exterior, principalmente os Estados
Unidos. A demanda do mercado
brasileiro, até agora, fica em cerca
de 10%. Segundo ele, este cenário
pode mudar com a nova legislação
e a empresa tem condições de aten-
der a demanda nacional.
Conforme o executivo, as empre-
sas estrangeiras têm interesse em
vender armas para o Brasil, pois a
instalação de indústrias esbarra na
alta taxa de encargos trabalhistas
e impostos, que chegam a 70% do
valor final de uma arma.
Para Muniz, da Imbel, a abertura
de mercado traz vantagens para a
indústria nacional. “Nós não teme-
mos a entrada dessas marcas. Nós
temos armas muito tradicionais.
Mas precisamos modernizar, sim,
as nossas pistolas. Já estamos pre-
parando parcerias exatamente para
lançarmos um novo modelo de
pistola, de todos os calibres”, disse.
Com informações da Agência Brasil