Revista Sesvesp Ed 141 | Page 5

NOTAS ARMAS UTILIZADAS NO CRIME maiores taxas de homicídios por 100 constitucionalidade das alterações pro- NÃO TEM ORIGEM NA SEGURAN- mil habitantes: Sergipe (64,7), Alagoas movidas pela reforma trabalhista sobre (54,2), Rio Grande do Norte (53,4), Pará a contribuição sindical. ÇA PRIVADA Há algum tempo o SESVESP, em conjunto com as entidades repre- sentativas do segmento (Fenavist e Abrevis), tem mantido contato com o Instituto Sou da Paz (que mantém pesquisa bianual) para apresentar um posicionamento sobre a origem das armas utilizadas pelo crime no país. As entidades sempre refutaram esse ônus às empresas de Segurança Pri- vada e agora com a divulgação do Atlas da Violência 2018 essa acusa- ção cai por terra. O estudo do IPEA em momento nenhum aponta essa ori- gem, pelo contrário. O Estado, em tese, é responsável pelo altos índices de violência e por não suprir segurança à população. Falta uma política de fron- teiras e políticas públicas eficazes. Entre o início dos anos 1980 e 2016, o percentual de homicídios no país cometidos com armas de fogo subiu de 40% para 71% do total. Os pes- quisadores apontam que ocorreu uma “verdadeira corrida armamentista” no país a partir dos anos 1980, motivada pela estagnação econômica que levou o Estado a não conseguir suprir a segu- rança para a população que se conso- lidava como maioria urbana, em uma tentativa de autodefesa dos cidadãos. O processo só foi interrompido em 2003, com o Estatuto do Desarmamento. HOMICÍDIOS NOS ESTADOS A evolução das taxas de homicídios foi bastante heterogênea entre as uni- dades da federação entre 2006 e 2016, variando desde uma redução de 46,7% em São Paulo a um aumento de 256,9% no Rio Grande do Norte. Sete unidades federativas do Norte e Nordeste têm as (50,8), Amapá (48,7), Pernambuco (47,3) e Bahia (46,9). Entre os 10 estados onde a violência letal cresceu no período ana- lisado estão o Rio Grande do Sul e nove pertencentes às regiões Norte e Nordeste. No Rio de Janeiro, as taxas diminuíam desde 2003, mas em 2012 esse movi- mento se reverteu e, em 2016, houve forte crescimento dos índices. São Pau- lo mantém uma trajetória consistente de redução das taxas de homicídio desde 2000. Alguns fatores que podem expli- car esse desempenho são as políticas de controle responsável das armas de fogo, melhorias no sistema de informações cri- minais e na organização policial. A redução dos homicídios também ocorre desde 2013 no Distrito Federal. A pesquisa constata a efetividade de programas como Paraíba pela Paz (PB) e Estado Presente (ES), lançados em 2011, quando esses estados eram o 3º e o 2º mais violentos do país, respectiva- mente. Em 2016, caíram para as posi- ções de número 18 e 19. “No entanto, diante da grande celeuma e divergências doutrinárias, foi ajuiza- da a ADI 5794 cuja decisão foi profe- rida no dia 29 de junho de 2018, decla- rando a constitucionalidade do ponto da reforma trabalhista que extinguiu a obrigatoriedade da contribuição sindi- cal”, ressaltou a juíza. No STF, foram seis votos a três pela constitucionalidade da reforma. Os mi- nistros consideraram que a nova norma não desrespeita a Constituição, ao jul- gar 19 ações que questionavam a extin- ção da contribuição. ENCONTRO DE RH O SESVESP fez um encontro dos de- JUSTIÇA NEGA PEDIDO DE SINDI- partamentos de Recursos Humanos, em CATO PARA OBRIGAR CONTRIBUI- julho. Alinhado com os planos estraté- ÇÃO DE FUNCIONÁRIOS gicos das empresas associadas o evento O Supremo Tribunal Federal (STF) já estabeleceu que é constitucional o fim da contribuição sindical obrigatória — imposta pela última reforma trabalhista (Lei 13.467). Com esse entendimento, a juíza Amanda Diniz Oliveira, da 24ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, não acolheu pedido do Sindicato dos Comerciários para obrigar uma rede de supermercados a recolher a contribui- ção. Em sua decisão, a juíza ressaltou que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) já havia divulgado posição favorável à teve por objetivo tratar de alguns pon- tos específicos e viabilidade de novos projetos, que se revertem em benefício para as empresas. As discussões versaram sobre segu- rança no trabalho, folha de pagamen- to, benefícios, processos trabalhistas, seleção e recrutamento, entre outros. O presidente do SESVESP, João Palhuca, abriu os trabalhos dese- jando o maior proveito possível nos assuntos tratados e, assim como em outras diretorias do sindicato, espe- ra que esses encontros tenham con- tinuidade. Revista SESVESP 5