ATUAÇÃO
MOBILIZAÇÃO FAZ PREFEITURA DESISTIR DE
SUSPENDER SEGURANÇA NOS PARQUES
APÓS ATUAÇÃO DO SESVESP, QUE DENUNCIOU A INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO E A QUEBRA
CONTRATUAL, A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DESMENTIU A INICIATIVA
hoje”. Ou seja, a SMA publicou uma
suspensão de contrato que, segundo
o próprio órgão, não era interrupção.
Duraria até 30 dias, mas começou e
acabou na mesma data.
MOTIVOS REAIS
João Palhuca concede entrevista à TV Record
O
SESVESP, representante legal
da Segurança Privada paulis-
ta, conseguiu reverter uma
iniciativa da Prefeitura de São
Paulo que colocaria em risco o bem-
-estar da população, frequentadora dos
106 parques públicos da cidade.
A medida, unilateral, chegou a ser
anunciada no Diário Oficial de 30 de
julho, com a determinação de suspen-
der todos os contratos de serviços de
segurança, entre outros, por até 30
dias. Sem apresentar nenhuma justi-
ficativa, a decisão também colocava
em risco os empregos de aproxima-
damente 3 mil vigilantes.
Após a divulgação de uma nota de re-
púdio do SESVESP, que foi reprodu-
zida em diversos veículos de comuni-
cação, a Secretaria do Verde e Meio
Ambiente (SVMA) veio a público
desmentir a interrupção de 24 con-
tratos, que totalizam R$ 94 milhões.
Nota oficial divulgada pela SVMA
sustentou que “não houve qualquer
interrupção de serviços de manejo,
limpeza e vigilância em parques e
os contratos foram normalizados
nesta terça-feira”.
Segundo o texto, a “suspensão, pu-
blicada no Diário Oficial, ocorreu
por uma obrigação burocrática, ne-
cessária apenas para que houves-
se o ajuste orçamentário realizado
Reportagem do jornal O Estado de S.
Paulo explicitou a motivação por trás
da esdrúxula medida: falta de dinhei-
ro. O pano de fundo da suspensão dos
contratos, segundo a publicação, de-
corre do fato de que a Secretaria do
Verde e do Meio Ambiente (SVMA)
vinha requerendo mais verbas para
o serviço, mas não era atendida pela
Secretaria da Fazenda (SF). Impossi-
bilitada de honrar os compromissos,
a SVMA suspendeu os contratos.
O presidente do SESVESP, João Elie-
zer Palhuca, iniciou imediatamente
uma mobilização para reverter aquele
processo. “Decidimos esperar para en-
tender o que estava acontecendo, mas
já estávamos analisando se era o caso
de recorrer à Justiça”, ponderou Pa-
lhuca. Diante da repercussão negativa,
a administração municipal remanejou
verbas orçamentárias e as direcionou à
SVMA para o pagamento das empresas
de segurança. No mesmo dia em que
haveria o início da interrupção foram
liberados R$ 2,4 milhões.
O SESVESP comemora o recuo da
Prefeitura de uma decisão que traria
grande prejuízo à sociedade. A entida-
de se mantém vigilante para defender
os interesses de seus associados e da
população paulista.
Revista SESVESP
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