MATÉRIA DE CAPA
tion Administration (FAA), Civil
Aviation Safety Authority (CASA)
e European Aviation Safety Agency
(EASA), reguladores dos Estados
Unidos, Austrália e da União Euro-
peia, respectivamente.
Na Segurança Privada, a utilização
dos drones vai além do monitoramen-
to de grandes eventos. Eles são indica-
dos para a cobertura mais abrangente
de grandes áreas e até na avaliação
de catástrofes, como incêndios. Sua
vantagem decorre da possibilidade de
cobrir extensões maiores do que uma
equipe humana cobriria. Transmitem
imagens de alta resolução, permitindo
alocar equipes no caso de movimen-
tação suspeita. O próprio drone pode
ser utilizado para localizar e perseguir
suspeitos. Em alguns modelos, isso é
facilitado com o uso de câmeras tér-
micas.
aderir aos drones. Além de atender
o Rock in Rio, a companhia oferece
esse serviço a indústrias, onde ini-
ciou empregando as aeronaves não
tripuladas em uma empresa do esta-
do do Rio de Janeiro.
“Ele nos dá uma vantagem tática,
pois tem visão muito mais ampla do
que só na parte terrestre. Existem
alguns locais com áreas de difícil
acesso, às vezes até no mangue, que
só podem ser monitoradas com os
drones”, explica Bruno Jouan, dire-
tor comercial da Segurpro.
Segundo Jouan, há uma perspec-
tiva de ampliação desse serviço,
principalmente para utilização em
locais de vegetação densa, estradas
e ferrovias. Nesses casos, é levada
em consideração a possibilidade de
evitar confronto entre as equipes
de vigilância e possíveis invasores.
Uma vez que o equipamento iden-
APLICAÇÃO PRÁTICA
tifica uma invasão, a empresa de
segurança pode providenciar uma
A Segurpro, braço do Grupo Prose- resposta equivalente, com viaturas
gur, foi uma das primeiras empre- e vigilantes, reduzindo os riscos de
sas de segurança privada do Brasil a sua equipe. “O drone é o futuro da
segurança privada”, aposta Jouan.
Em Indaiatuba, cidade da região de
Campinas, no interior paulista, a SP
Conservação Patrimonial atua na vi-
gilância do perímetro de dois gran-
des condomínios residenciais. A
empresa dispõe de quatro aparelhos
modelo Phantom 4. “É uma tecno-
logia que veio para ficar”, atesta o
diretor da SP, Jamerson Santos. Por
meio do equipamento, a equipe de
segurança identificou um furto em
andamento e conseguiu perseguir
e ajudar a polícia a prender os res-
ponsáveis, que haviam levado joias
e eletrônicos de uma residência. As
imagens serviram como prova no
inquérito policial. “A procura pelos
drones é crescente”, ressalta Santos.
“As forças de segurança pública já
estão utilizando e a Segurança Pri-
vada tende a copiar e adaptar o modus
operandi da segurança pública”, pon-
tuou.
A expectativa desse mercado já chama
a atenção de grandes players da indús-
tria de segurança eletrônica. A Hikvi-
sion, líder mundial nesse segmento, se
Revista SESVESP
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