Revista Sesvesp Ed 141 | Page 15

MATÉRIA DE CAPA tion Administration (FAA), Civil Aviation Safety Authority (CASA) e European Aviation Safety Agency (EASA), reguladores dos Estados Unidos, Austrália e da União Euro- peia, respectivamente. Na Segurança Privada, a utilização dos drones vai além do monitoramen- to de grandes eventos. Eles são indica- dos para a cobertura mais abrangente de grandes áreas e até na avaliação de catástrofes, como incêndios. Sua vantagem decorre da possibilidade de cobrir extensões maiores do que uma equipe humana cobriria. Transmitem imagens de alta resolução, permitindo alocar equipes no caso de movimen- tação suspeita. O próprio drone pode ser utilizado para localizar e perseguir suspeitos. Em alguns modelos, isso é facilitado com o uso de câmeras tér- micas. aderir aos drones. Além de atender o Rock in Rio, a companhia oferece esse serviço a indústrias, onde ini- ciou empregando as aeronaves não tripuladas em uma empresa do esta- do do Rio de Janeiro. “Ele nos dá uma vantagem tática, pois tem visão muito mais ampla do que só na parte terrestre. Existem alguns locais com áreas de difícil acesso, às vezes até no mangue, que só podem ser monitoradas com os drones”, explica Bruno Jouan, dire- tor comercial da Segurpro. Segundo Jouan, há uma perspec- tiva de ampliação desse serviço, principalmente para utilização em locais de vegetação densa, estradas e ferrovias. Nesses casos, é levada em consideração a possibilidade de evitar confronto entre as equipes de vigilância e possíveis invasores. Uma vez que o equipamento iden- APLICAÇÃO PRÁTICA tifica uma invasão, a empresa de segurança pode providenciar uma A Segurpro, braço do Grupo Prose- resposta equivalente, com viaturas gur, foi uma das primeiras empre- e vigilantes, reduzindo os riscos de sas de segurança privada do Brasil a sua equipe. “O drone é o futuro da segurança privada”, aposta Jouan. Em Indaiatuba, cidade da região de Campinas, no interior paulista, a SP Conservação Patrimonial atua na vi- gilância do perímetro de dois gran- des condomínios residenciais. A empresa dispõe de quatro aparelhos modelo Phantom 4. “É uma tecno- logia que veio para ficar”, atesta o diretor da SP, Jamerson Santos. Por meio do equipamento, a equipe de segurança identificou um furto em andamento e conseguiu perseguir e ajudar a polícia a prender os res- ponsáveis, que haviam levado joias e eletrônicos de uma residência. As imagens serviram como prova no inquérito policial. “A procura pelos drones é crescente”, ressalta Santos. “As forças de segurança pública já estão utilizando e a Segurança Pri- vada tende a copiar e adaptar o modus operandi da segurança pública”, pon- tuou. A expectativa desse mercado já chama a atenção de grandes players da indús- tria de segurança eletrônica. A Hikvi- sion, líder mundial nesse segmento, se Revista SESVESP 15