Revista Sesvesp Ed 141 | Page 14

MATÉRIA DE CAPA DRONES: UMA TECNOLOGIA QUE ALÇA VOO NA SEGURANÇA PRIVADA AS AERONAVES NÃO TRIPULADAS JÁ SÃO UMA REALIDADE NO BRASIL E TENDEM A TER IMPORTÂNCIA CRESCENTE ENTRE AS EMPRESAS DO SETOR E m setembro de 2017, o Rock in Rio chegou a sua sétima edição brasileira. Com uma semana inteira de shows e mais de 100 mil pesso- as por dia, o festival foi o primei- ro evento do país que contou com o apoio de drones na segurança. E eles não fizeram feio: no domingo, 17, as aeronaves detectaram uma lancha que tentava invadir a Cidade do Rock, na zona oeste do Rio, pe- las águas da Lagoa de Jacarepaguá. 14 Revista SESVESP Não conseguiu, pois uma equipe da Segurpro interceptou a embarcação e impediu a invasão dos penetras. O episódio ocorrido no maior fes- tival de rock do mundo demonstra um pouco da utilidade dos drones, também chamados de veículos aé- reos não tripulados (VANTs). Eles começaram a ser empregados co- mercialmente em 2014. Hoje, esti- ma-se que representem, nos Estados Unidos, um mercado de US$ 10 bi- lhões anuais, que irá gerar mais de 100 mil vagas de emprego nos pró- ximos dez anos, com a produção de 600 mil drones. Uma situação que deverá se refletir em todo o mundo. Essas aeronaves de controle remo- to ganharam espaço no jornalismo, produção fotográfica e na indústria do cinema, além de aplicações na defesa, em cenários de conflito ar- mado, e na segurança pública. No Brasil, diversos forças de seguran- ça, como polícias militares e guar- das civis já fazem uso deles. De olho nesse imenso mercado poten- cial, as empresas de segurança pri- vada também começaram a oferecer serviços com essa tecnologia. Em maio de 2017, a Diretoria Co- legiada da ANAC aprovou o regu- lamento especial para utilização de aeronaves não tripuladas através da norma Regulamento Brasileiro de Aviação Civil Especial – RBAC–E nº 94. A regulamentação brasileira levou em conta o nível de complexidade, os riscos envolvidos nas operações e nos tipos de equipamentos. Por isso, estabeleceu alguns limites, seme- lhantes ao de outras autoridades de aviação civil, como a Federal Avia