NOTAS
RESENHA DA EXPOSEC 2018
USO DE NOVAS TECNOLOGIAS AJUDAM
NA SEGURANÇA, MAS TAMBÉM FAVO-
RECE ATOS CRIMINOSOS, DIZ ESPE-
CIALISTA
Terroristas e narcotraficantes estão
utilizando as novas tecnologias para
ações que atingem diretamente a segu-
rança mundial. A conclusão é do pre-
sidente Executivo CEAS Internacional
– Corporación Euro-Americana de Se-
guridad, Eloy Melendre y Carrera, que
falou na abertura do Cobrase (Congres-
so Brasileiro de Segurança), durante a
Exposec.
Drones teledirigidos para transporte
de explosivos, venenos, armas e com
capacidade de reconhecimento facial,
objetos com coordenadas já são usados
na atualidade como armas seletivas e
de massacres em massa, garante Carre-
ra. “A tecnologia já existe e é utilizada
tanto na vida civil, militar, como por
terroristas e pelo crime organizado, o
que pode ter efeitos catastróficos para
a humanidade”, analisa o executivo.
“Além disso, o cyber terrorismo tem
desenvolvido uma guerra eletrônica
que serve para a difusão de ideologias
do ódio.”
Carrera, que preside uma sociedade
internacional de segurança e para a re-
solução de conflitos, tendo atuado no
Iraque, Iuguslávia, País Basco, lembra
que os países da América Latina, inclu-
sive o Brasil, não estão livres de ações
terroristas. “Até porque há uma relação
estreita entre terrorismo e o narcotráfi-
co”, garantiu. “Por exemplo, o terroris-
mo na Espanha é financiado exatamen-
te pelo narcotráfico”, assegura.
NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS NA SE-
GURANÇA PRIVADA SUPERA O DE
AGENTES PÚBLICOS NO BRASIL
O Brasil tem um enorme potencial de
crescimento na área de segurança em-
presarial, o que deverá contribuir com a
melhoria dos índices de criminalidade
do país. É o que prevê Miguel Liborio,
coronel da Polícia Militar do Estado
de São Paulo e consultor internacional
de Segurança, que proferiu palestra no
Cobrase (Congresso Brasileiro de Se-
gurança).
“Dados de órgãos internacionais colo-
cam o Brasil em quarto no mundo em
estrutura de segurança, atrás apenas de
China, Índia e Estados Unidos”, disse
Liborio. Como exemplo, afirmou que
o número de funcionários de segurança
privada no país é de 1,7 milhão, quase
o triplo da quantidade de agentes pú-
blicos no setor, 687 mil. “Fora os dois
milhões de clandestinos na segurança
privada”, afirmou.
Para Liborio, o crescimento na área de
segurança privada virá com uma “que-
bra de paradigma”, que envolverá in-
vestimento em tecnologia, participação
comunitária e valorização das institui-
ções de segurança pública e privada.
CASAS E PRÉDIOS RESIDENCIAIS JÁ
PODEM TER CÂMERAS DE ALTA TEC-
NOLOGIA A CUSTO MENOR
Câmeras wi-fi de última geração deixa-
ram de ser exclusividade de empresas
e, agora, também começam a ser ins-
taladas dentro e fora de residências e
condomínios graças à maior facilidade
de acesso à tecnologia de ponta a pre-
ços mais acessíveis. As novas tecnolo-
gias estão em exposição na Exposec.
Uma das apostas na área é a HikHo-
me, linha de câmeras residenciais wi-fi
plug & play da Hikvision. Os aparelhos
podem ser controlados a distância via
celular, inclusive com recursos de áu-
dio e movimentação remota do ângulo
de vigilância já disponíveis no merca-
do brasileiro por preço sugerido de R$
350 ao usuário final.
A Intelbrás também aposta na área com
câmeras da linha Mibo. O lançamento
deste ano é a iC7s, câmera wi-fi com
sensor de movimento, vigilância 360°
do ambiente com qualidade full HD e
central de alarme, entre outros benefí-
cios.
SISTEMA CONSEGUE IDENTIFICAR
VEÍCULOS ROUBADOS E DAR O
ALERTA
A união de um físico, um estudante
de mecatrônica e outro de engenha-
ria elétrica possibilitou a criação de
uma startup de sucesso na área de
segurança veicular. A Retina Vision
oferece um sistema que é capaz de
identificar veículos roubados em es-
tacionamentos e condomínios e dar o
alerta para seguradoras.
Paulo Silveira conheceu seus sócios,
Guilherme Camargo e Victor Miguez
em uma matéria no curso de tecno-
logia da USP, quando tiveram que
elaborar um tralhado acadêmico de
prevenção contra roubo de veícu-
los. “Fizemos um piloto para a Porto
Seguro e, em dois meses, o sistema
já tinha conseguido identificar sete
carros roubados em São Caetano do
Sul”, lembra Silveira. “Isso teve um
impacto positivo de R$ 300 mil para
a seguradora. Percebemos que já não
Revista SESVESP
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