Revista Sesvesp Ed 140 | Page 7

NOTAS RESENHA DA EXPOSEC 2018 USO DE NOVAS TECNOLOGIAS AJUDAM NA SEGURANÇA, MAS TAMBÉM FAVO- RECE ATOS CRIMINOSOS, DIZ ESPE- CIALISTA Terroristas e narcotraficantes estão utilizando as novas tecnologias para ações que atingem diretamente a segu- rança mundial. A conclusão é do pre- sidente Executivo CEAS Internacional – Corporación Euro-Americana de Se- guridad, Eloy Melendre y Carrera, que falou na abertura do Cobrase (Congres- so Brasileiro de Segurança), durante a Exposec. Drones teledirigidos para transporte de explosivos, venenos, armas e com capacidade de reconhecimento facial, objetos com coordenadas já são usados na atualidade como armas seletivas e de massacres em massa, garante Carre- ra. “A tecnologia já existe e é utilizada tanto na vida civil, militar, como por terroristas e pelo crime organizado, o que pode ter efeitos catastróficos para a humanidade”, analisa o executivo. “Além disso, o cyber terrorismo tem desenvolvido uma guerra eletrônica que serve para a difusão de ideologias do ódio.” Carrera, que preside uma sociedade internacional de segurança e para a re- solução de conflitos, tendo atuado no Iraque, Iuguslávia, País Basco, lembra que os países da América Latina, inclu- sive o Brasil, não estão livres de ações terroristas. “Até porque há uma relação estreita entre terrorismo e o narcotráfi- co”, garantiu. “Por exemplo, o terroris- mo na Espanha é financiado exatamen- te pelo narcotráfico”, assegura. NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS NA SE- GURANÇA PRIVADA SUPERA O DE AGENTES PÚBLICOS NO BRASIL O Brasil tem um enorme potencial de crescimento na área de segurança em- presarial, o que deverá contribuir com a melhoria dos índices de criminalidade do país. É o que prevê Miguel Liborio, coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo e consultor internacional de Segurança, que proferiu palestra no Cobrase (Congresso Brasileiro de Se- gurança). “Dados de órgãos internacionais colo- cam o Brasil em quarto no mundo em estrutura de segurança, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos”, disse Liborio. Como exemplo, afirmou que o número de funcionários de segurança privada no país é de 1,7 milhão, quase o triplo da quantidade de agentes pú- blicos no setor, 687 mil. “Fora os dois milhões de clandestinos na segurança privada”, afirmou. Para Liborio, o crescimento na área de segurança privada virá com uma “que- bra de paradigma”, que envolverá in- vestimento em tecnologia, participação comunitária e valorização das institui- ções de segurança pública e privada. CASAS E PRÉDIOS RESIDENCIAIS JÁ PODEM TER CÂMERAS DE ALTA TEC- NOLOGIA A CUSTO MENOR Câmeras wi-fi de última geração deixa- ram de ser exclusividade de empresas e, agora, também começam a ser ins- taladas dentro e fora de residências e condomínios graças à maior facilidade de acesso à tecnologia de ponta a pre- ços mais acessíveis. As novas tecnolo- gias estão em exposição na Exposec. Uma das apostas na área é a HikHo- me, linha de câmeras residenciais wi-fi plug & play da Hikvision. Os aparelhos podem ser controlados a distância via celular, inclusive com recursos de áu- dio e movimentação remota do ângulo de vigilância já disponíveis no merca- do brasileiro por preço sugerido de R$ 350 ao usuário final. A Intelbrás também aposta na área com câmeras da linha Mibo. O lançamento deste ano é a iC7s, câmera wi-fi com sensor de movimento, vigilância 360° do ambiente com qualidade full HD e central de alarme, entre outros benefí- cios. SISTEMA CONSEGUE IDENTIFICAR VEÍCULOS ROUBADOS E DAR O ALERTA A união de um físico, um estudante de mecatrônica e outro de engenha- ria elétrica possibilitou a criação de uma startup de sucesso na área de segurança veicular. A Retina Vision oferece um sistema que é capaz de identificar veículos roubados em es- tacionamentos e condomínios e dar o alerta para seguradoras. Paulo Silveira conheceu seus sócios, Guilherme Camargo e Victor Miguez em uma matéria no curso de tecno- logia da USP, quando tiveram que elaborar um tralhado acadêmico de prevenção contra roubo de veícu- los. “Fizemos um piloto para a Porto Seguro e, em dois meses, o sistema já tinha conseguido identificar sete carros roubados em São Caetano do Sul”, lembra Silveira. “Isso teve um impacto positivo de R$ 300 mil para a seguradora. Percebemos que já não Revista SESVESP 7