RESPONSABILIDADE SOCIAL
CONTRATAÇÃO DE DEFICIENTES NA SEGURANÇA PRIVADA EM DISCUSSÃO
ENTIDADES DA ÁREA E ESPECIALISTAS EM POLÍTICAS DE INCLUSÃO APROFUNDAM DEBATE SOBRE O TEMA
A
contratação de pessoas com deficiência é um tema que preocupa o setor de segurança privada . A questão se baseia na dúvida sobre como proteger a sociedade e , ao mesmo tempo , atender aos requisitos legais , que impõem a presença de deficientes nesta área fim , constituindo uma situação dúbia . A legislação sobre a atividade profissional da segurança exige plena condição física e psicológica para os vigilantes , que necessitam treinamento para portar armas de fogo e proteger o patrimônio de quem contrata esse tipo de serviço . Mas a legislação sobre cotas estipula que 5 % dos contratados sejam compostos por pessoas com deficiência ( PcD ). Daí surge a dúvida sobre como compor o quadro funcional de empresas de segurança com pessoas que não conseguem cumprir os requisitos mínimos para atuar como vigilantes . A busca por uma solução a esse impasse deu o foco do seminário “ A Segurança Privada e a Inclusão da Pessoa com Deficiência ”. A sede da Superintendência Regional do Trabalho do Estado de São Paulo foi palco dessa discussão , realizada no último dia 16 de março , na qual dezenas de pessoas lotaram o auditório do órgão público . Realizado por meio de ação conjunta do Ministério do Trabalho , através de sua Câmara Técnica e de sua Coordenação do
8 Revista SESVESP
Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Mercado de Trabalho , o evento teve apoio do SESVESP - Sindicato das Empresas de Segurança Privada , Segurança Eletrônica e Cursos de Formação do Estado de São Paulo . Como pano de fundo , a lei 7.102 / 83 , que versa sobre as contratações para a atividade da vigilância e sua regulamentação . Esses tópicos não foram observados pela Lei 8.213 / 91 , que dispõe sobre as cotas de pessoa com deficiência nas empresas . O superintendente da SRTb / SP , Eduardo Anastasi , apontou a importância da discussão . “ Esperamos poder atender da melhor forma as pessoas com deficiência . Não adianta ter uma lei que não consiga atender adequadamente as pessoas ”, disse . Coube ao coordenador do Projeto de Inclusão da Pessoa com Deficiência da SRTb / SP , José Carlos do Carmo , ministrar a palestra inicial , sob o título “ Diagnóstico da Inclusão na Segurança Privada e o Termo de Compromisso Firmado ”. Em sua fala , José Carlos discorreu sobre a obrigatoriedade do cumprimento da legislação sobre as cotas para pessoas com deficiência , mas frisou a necessidade da avaliação criteriosa de cada caso . “ Em alguns segmentos , a dificuldade está acima da média , particularmente no da segurança privada ”, pontuou o coordenador .
CONFUSÃO ENTRE AS DEFINIÇÕES
O presidente do SESVESP , João Eliezer Palhuca , assinalou que existe ainda uma confusão entre as definições das funções de vigilante e vigia . “ Diferente do vigia , o vigilante é autorizado a usar a arma durante o serviço . Faz parte do caráter do trabalho do vigilante defender o patrimônio e proteger as pessoas ”, destacou . Palhuca trouxe dados que indicam a complexidade desse setor no Estado de São Paulo , onde existem quase 480 empresas atuantes , das quais apenas 165 fazem parte do sindicato . Nesse universo , 70 % são firmas de pequeno porte , com menos de 100 funcionários . Palhuca traçou um quadro que identifica alguns dos problemas enfrentados pelo segmento , que perdeu 56 mil postos de trabalho nos últimos três anos , em decorrência da crise econômica . “ Já tivemos 800 mil contratados e , hoje , são 600 mil . Tivemos 200 mil postos de trabalho extintos ”, asseverou o dirigente . Ele lembrou ainda que a remuneração do vigilante caiu de três salários mínimos para dois salários mínimos , no período de dez anos . Nesse contexto , os participantes da segurança privada encontram dificuldade em cumprir a cota de 5 % para pessoas com deficiência . A legislação do setor impõe a formação profissional do vigilante e , para
RESPONSABILIDADE SOCIAL
CONTRATAÇÃO DE DEFICIENTES NA SEGURANÇA
PRIVADA EM DISCUSSÃO
ENTIDADES DA ÁREA E
ESPECIALISTAS EM
POLÍTICAS DE INCLUSÃO
APROFUNDAM DEBATE
SOBRE O TEMA
A
contratação de pessoas com defi-
ciência é um tema que preocupa
o setor de segurança privada. A
questão se baseia na dúvida sobre
como proteger a sociedade e, ao mesmo
tempo, atender aos requisitos legais, que
impõem a presença de deficientes nesta
área fim, constituindo uma situação dúbia.
A legislação sobre a atividade profissional
da segurança exige plena condição física e
psicológica para os vigilantes, que necessi-
tam treinamento para portar armas de fogo
e proteger o patrimônio de quem contrata
esse tipo de serviço.
Mas a legislação sobre cotas estipula que
5% dos contratados sejam compostos por
pessoas com deficiência (PcD). Daí surge
a dúvida sobre como compor o quadro fun-
cional de empresas de segurança com pes-
soas que não conseguem cumprir os requi-
sitos mínimos para atuar como vigilantes.
A busca por uma solução a esse impasse
deu o foco do seminário “A Segurança Pri-
vada e a Inclusão da Pessoa com Deficiên-
cia”. A sede da Superintendência Regional
do Trabalho do Estado de São Paulo foi
palco dessa discussão, realizada no último
dia 16 de março, na qual dezenas de pes-
soas lotaram o auditório do órgão público.
Realizado por meio de ação conjunta do
Ministério do Trabalho, através de sua
Câmara Técnica e de sua Coordenação do
8
Revista SESVESP
Projeto de Inclusão da Pessoa com Defici-
ência no Mercado de Trabalho, o evento
teve apoio do SESVESP - Sindicato das
Empresas de Segurança Privada, Seguran-
ça Eletrônica e Cursos de Formação do Es-
tado de São Paulo.
Como pano de fundo, a lei 7.102/83, que
versa sobre as contratações para a ativi-
dade da vigilância e sua regulamentação.
Esses tópicos não foram observados pela
Lei 8.213/91, que dispõe sobre as cotas de
pessoa com deficiência nas empresas.
O superintendente da SRTb/SP, Eduardo
Anastasi, apontou a importância da discus-
são. “Esperamos poder atender da m VƆ� �f�&�2W76�26��FVf�6�:��6���:6�F��FFW"V��V�VR�:6�6��6�vFV�FW �FWVF�V�FR2W76�>( ��F�76R�6�V&P��6��&FV�F�"F�&��WF�FR��6�W<:6�F�W76�6��FVf�6�:��6�F5%F"�5���<:��6&��2F�6&���֖�7G&"�W7G&��Ц6���6�"�L:�GV��( �F�v�;77F�6�F��6�W<:6��6VwW&�:v&�fFR�FW&��FR6��Ч&�֗76�f�&�F�( ��V�7Vf����<:�6&��2F�66�'&WR6�'&P��'&�vF�&�VFFRF�7V�&��V�F�F�RЦv�6�:|:6�6�'&R26�F2&W76�26�ЦFVf�6�:��6���2g&�6�R�V6W76�FFRF�fƖ:|:6�7&�FW&��6FR6F66��( �V��ЦwV�26Vv�V�F�2�F�f�7V�FFRW7L:6���F�:�F��'F�7V�&�V�FR��F6VwW&�:v�&�fF( ����GV�R�6��&FV�F�"�4��eU<84�T�E$R2DTd��8|9TU0��&W6�FV�FRF�4U5dU5���:6�VƖW�W �ƇV6�76����RVRW��7FR��FV��6��gW<:6�V�G&R2FVf��:|;VW2F2gV�:|;VW0�FRf�v���FRRf�v��( �F�fW&V�FRF�f�v����f�v���FR:�WF�&��F�W6"&�GRЧ&�FR�6W'f�:v��f�'FRF�6,:FW"F�G&Ц&Ɔ�F�f�v���FRFVfV�FW"�G&��;F��R&�FVvW"2W76�>( ��FW7F6�R�ƇV6�G&�W�RFF�2VR��F�6�6���W��FFP�FW76R6WF�"��W7FF�FR<:6�V�����FP�W��7FV�V6RC�V�&W62GV�FW2�F0�V�2V�2cRf�V�'FRF�6��F�6F���W76RV�fW'6��sR<:6�f�&�2FRWVRЦ���'FR�6���V��2FRgV�6���:&��2�ƇV6G&:v�RV�VG&�VR�FV�F�f�6�ЦwV�2F�2&�&�V�2V�g&V�FF�2V��6VrЦ�V�F��VRW&FWRSb֖��7F�2FRG&&ЦƆ���2;��F���2G,:�2��2�V�FV6�',:��6��F7&�6RV6��;F֖6�( Ĭ:F�fV��2�֖��6��G&FF�2R����R�<:6�c֖��F�fV��0�#֖��7F�2FRG&&Ɔ�W�F��F�>( ��76RЧfW&�R�F�&�vV�FR�V�R�V�'&�R��FVR�&V�V�W&:|:6�F�f�v���FR6�RFRG,:�26�:Ч&��2�:����2&F��26�:&��2�:����2����W,:��F�FRFW���2��W76R6��FW�F���2'F�6��FW2F6VwRЧ&�:v&�fFV�6��G&�F�f�7V�FFRVЦ7V�&�"6�FFRRR&W76�26�ЦFVf�6�:��6���Vv�6�:|:6�F�6WF�"��;VR�f�&�:|:6�&�f�76����F�f�v���FRR�&