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“ RECURSOS” HUMANOS, ATÉ QUANDO?
HÁ TRÊS DÉCADAS“ LUTAMOS” CONTRA A EXPRESSÃO, COMUM NOS CURSOS, NOS LIVROS E NAS ÁREAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE HUMANAS, DENTRE OUTROS. COMO CHAMAR PESSOAS, SERES HUMANOS, POR“ RECURSOS”?
Prof. Antonio Carlos Cassarro, Conselheiro do Conselho Regional de Administração de
São Paulo, Membro do Conselho Regional de Economia de S. Paulo e do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo; Prof. de Graduação,
Pós-graduação e MBAs em diversas IES
Há três décadas“ lutamos” contra a expressão“ Recursos Humanos”, comum nos cursos, nos livros e nas áreas de Administração e de Humanas, dentre outros. Como chamar pessoas, seres humanos, por“ recursos”? Recursos são instalações físicas, móveis e equipamentos, tecnologia e dinheiro. Usamos dos recursos enquanto os mesmos satisfaçam e atendam as nossas necessidades e, quase sempre, não pensamos duas vezes em substituí-los por outros mais modernos, eficazes e eficientes.
Ao entendermos pessoas como“ recursos”, tendemos a agir com elas do mesmo modo: por que investir no desenvolvimento de uma pessoa, se podemos contratar alguém com a formação que necessitamos? Por que manter determinadas pessoas em nosso quadro se podemos substituí-las por outras, mais jovens, com melhor formação acadêmica e, não raras vezes, a custos menores? Por que devemos desenvolver um programa de preparação para a aposentadoria? Só porque temos“ empregados”( outra expressão infeliz!) com mais que X anos de casa e mais de Y anos de idade? Eles que se virem e cuidem de suas próprias vidas. E não venham me dizer que não existem empresas( e muitas!) que assim agem!
Atentem bem, as empresas públicas, privadas ou ONGs são criadas por pessoas,
26 Revista SESVESP por seres humanos. São dirigidas, gerenciadas, supervisionadas e operacionalizadas por eles.
Portanto, as empresas são( ou deveriam ser) humanas, essencialmente humanas.
Ainda mais se considerarmos que não existe qualquer empresa, salvo a exigência legal, mediante o registro de seus estatutos em Cartórios, Juntas Comerciais e órgãos assemelhados!
As empresas são as pessoas, os seres humanos que as constituem. Por efeito, são as pessoas que fazem com que uma empresa seja mais competente que outra, mais inovadora, agressiva e dinâmica nos processos de tomada de decisões.
Por outro lado, serão novamente as pessoas, os seres humanos que transformarão uma empresa em menos competente e competitiva, menos criativa, modorrenta em suas tomadas de decisões. Eles, os seres humanos, as pessoas é que entrarão em contato, negociarão e resolverão os problemas acaso existentes. Pessoas, seres humanos: eis o grande diferencial( positivo ou negativo!)
Certa vez, visitando uma empresa de médio para grande porte, seus diretores sabedores de que lutamos contra o uso da expressão“ recursos humanos”, disseram-nos orgulhosos:“ Não utilizamos mais aquela expressão” e levaram-nos até o local físico da área. Na porta de entrada, em letras grandes, o nome então utilizado:“ Talentos Humanos”.
Outra expressão que, se não lamentável, será, ao menos, inoportuna! Como“ estar lento” em um cenário econômico globalizado, com concorrência agressiva e as decisões tendo que ser tomadas“ on-line”, no ato? Precisamos ser cada vez mais rápidos e nunca lentos!
Bom, se não somos adeptos às expressões:“ Recursos Humanos” e“ Talentos Humanos”, qual expressão adotar? Simples:“ Valores Humanos”. A defesa desta proposta é facilmente verificável: pessoas, seres humanos são formados e se conduzem( ao menos a maioria!) por valores básicos como: respeito, honestidade, sinceridade, compaixão, simpatia, ética, moral, simplicidade, e tantos outros. Quais máquinas ou equipamentos têm compaixão e respeito? Que espaços físicos, móveis e utensílios têm moral e ética?
É importante para toda e qualquer empresa, que queira se destacar e ter sucesso, que ela valorize o seu pessoal, que constantemente invista na formação, na capacitação de seu pessoal de modo a atender aos objetivos maiores da organização, dentre os quais se destacam: continuidade de operações; desenvolvimento e expansão; fixação de marcas e conquistas de mercados. A este respeito, Peter F. Drucker, o“ Pai da Administração”, dizia:“ a classificação de oportunidades( de negócios) e a alocação de pessoas passa a ser a verdadeira decisão; o resto é consequência. As decisões sobre designação de pessoal são cruciais. Elas determinam se a empresa tem um programa para eficácia ou somente um pedaço de papel”( em“ Administrando para obter resultados”, p. 131, Ed Pioneira, 1998).
O ser humano tem apenas duas grandes missões na Terra:“ Ser útil” e“ Ser feliz”. A primeira está dirigida a relação com as demais pessoas, podendo ser úteis desde um simples“ bom dia” ou mesmo um sorriso até a prática de enormes ações de responsabilidade socioambiental.
A segunda está voltada para o ser em si. Para sermos felizes temos que estar bem conosco, com nossa família, com nossos amigos, com as equipes com as quais interagimos dentro das empresas, em suma, com nossa vida em sociedade – e, em muito, contribui sermos considerados e tratados como“ valores humanos”, com respeito e dignidade, nos cenários em que atuamos.
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