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Clube dos Paraplégicos de São Paulo
em mundiais. Os dois atletas da entidade foram campeões no revezamento 4x50m livre, estabelecendo
recorde mundial; vices nos 50m borboleta e revezamento 4x50 medley
e terceiros no revezamento 4x100m
livre e revezamento 4x100 medley.
Ainda não estão confirmados para o
Rio 2016, mas a esperança é grande.
“Vamos disputar entre os cinco medalhistas”, acredita Di Cunto, treinador e fundador da associação.
O foco não se limita ao alto rendimento. Atualmente, a entidade tem
alunos de 8 a 62 anos. Todos participam de competições ajustadas a
suas limitações, em quatro níveis. A
faixa etária da equipe forte vai de 18
a 36 anos, em média. “Recebemos
doações de material e colaborações
eventuais, mas praticamente só o
SESVESP contribui com dinheiro, que
já beneficiou cerca de 70 atletas desde 2008, quando iniciamos a parceria”, explica Di Cunto. “A verba ajuda
muito, porque as contas caem todo
Associação Paradesportiva JR
mês e têm de ser pagas em espécie.
Para arrecadar fundos, fazemos muitos eventos, como bingo, churrasco,
rifa, enfim, a maior dificuldade é conseguir dinheiro.”
Para o técnico, vencer é sempre
bom, mas para esses atletas o reconhecimento, o elogio, os aplausos são
tão importantes quanto uma medalha. “Além de saúde e bem-estar, o
esporte também propicia independência e responsabilidade. Treinar e
competir, para eles, já é uma vitória”,
avalia Di Cunto.
AUTONOMIA E INTERAÇÃO SOCIAL
Para a diretora-executiva do Instituto Mara Gabrilli (IMG), Camila Benvenuto, a prática esportiva, que melhora as condições psíquicas e físicas das
pessoas em geral, para o deficiente tem
o poder de reabilitar, de recuperar a
autoestima e a autoconfiança. “Além de
ganhos em autonomia e interação social, o que é essencial para combater o
preconceito. É por meio do esporte que
o deficiente físico pode explorar e ampliar suas potencialidades e minimizar
suas limitações”, analisa.
Revista SESVESP | 11