Revista Sesvesp Ed. 126 | Page 11

Shutterstock Clube dos Paraplégicos de São Paulo em mundiais. Os dois atletas da entidade foram campeões no revezamento 4x50m livre, estabelecendo recorde mundial; vices nos 50m borboleta e revezamento 4x50 medley e terceiros no revezamento 4x100m livre e revezamento 4x100 medley. Ainda não estão confirmados para o Rio 2016, mas a esperança é grande. “Vamos disputar entre os cinco medalhistas”, acredita Di Cunto, treinador e fundador da associação. O foco não se limita ao alto rendimento. Atualmente, a entidade tem alunos de 8 a 62 anos. Todos participam de competições ajustadas a suas limitações, em quatro níveis. A faixa etária da equipe forte vai de 18 a 36 anos, em média. “Recebemos doações de material e colaborações eventuais, mas praticamente só o SESVESP contribui com dinheiro, que já beneficiou cerca de 70 atletas desde 2008, quando iniciamos a parceria”, explica Di Cunto. “A verba ajuda muito, porque as contas caem todo Associação Paradesportiva JR mês e têm de ser pagas em espécie. Para arrecadar fundos, fazemos muitos eventos, como bingo, churrasco, rifa, enfim, a maior dificuldade é conseguir dinheiro.” Para o técnico, vencer é sempre bom, mas para esses atletas o reconhecimento, o elogio, os aplausos são tão importantes quanto uma medalha. “Além de saúde e bem-estar, o esporte também propicia independência e responsabilidade. Treinar e competir, para eles, já é uma vitória”, avalia Di Cunto. AUTONOMIA E INTERAÇÃO SOCIAL Para a diretora-executiva do Instituto Mara Gabrilli (IMG), Camila Benvenuto, a prática esportiva, que melhora as condições psíquicas e físicas das pessoas em geral, para o deficiente tem o poder de reabilitar, de recuperar a autoestima e a autoconfiança. “Além de ganhos em autonomia e interação social, o que é essencial para combater o preconceito. É por meio do esporte que o deficiente físico pode explorar e ampliar suas potencialidades e minimizar suas limitações”, analisa. Revista SESVESP | 11