ENTREVISTA
“A NIKE FAZ MARKETING,
O RESTO É TERCEIRIZADO”
Max Gehringer conta algumas vantagens da
terceirização de atividades
ntre os palestrantes do I Eresp, esteve Max Gehringer, comentarista
da Rádio CBN e do Fantástico, da
Rede Globo, que tratou sobre gestão de
empresas e pessoas. Na ocasião, Max também falou um pouco sobre terceirização
nesta entrevista à Revista Sesvesp.
E
Revista SESVESP − A imagem da
segurança privada é arranhada seguidamente pela atuação das empresas
clandestinas, que só trabalham porque há contratantes que preferem pagar preço baixo por péssimos serviços.
Qual é sua opinião sobre isso?
Talvez a responsabilidade por isso seja
a falta de fiscalização, que decorre do fato
de que, no Brasil, já há alguns séculos, é
possível resolver o problema somente
quando ele aparece lá na frente. É atávico.
Faz parte da cultura de muitos brasileiros.
Revista SESVESP − Além da
área de segurança, outros setores estão infestados de clandestinos. Além
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disso, são milhões de trabalhadores
informais. Isso ocorre porque as leis
são ruins e não servem para a realidade brasileira?
De novo, eu acredito que seja um problema de fiscalização. As empresas clandestinas têm como vantagem a mobilidade: você fecha uma porta e abre na porta
vizinha. E a segunda vantagem é a falta de
nome. E o que precisa fazer? Mais ou menos o que o Sesvesp faz: junta um pessoal
que é formal, que tem uma contabilidade,
declara e paga imposto; faz associações,
divulga, faz barulho, pede providência de
autoridades, conversa com políticos, passa uma lei prevendo muito mais punições,
inclusive para empresas formais que contratam serviço de empresas informais,
esse tipo de coisa. Tem de fazer barulho.
Revista SESVESP − Utilizada
como modelo econômico nos países desenvolvidos, a terceirização
virou termo maldito no Brasil, condenado pelo governo H[\