Revista Sesvesp Ed. 118 - 2014 | Page 16

APOIO POLÍTICAS PÚBLICAS NA PAUTA A segurança privada atua no cumprimento da legislação por meio de Comissão Consultiva número de empresas de segurança privada cresceu 68% na última década e estima-se que elas tenham movimentado aproximadamente R$ 43 bilhões por ano, além de empregarem 706,5 mil trabalhadores no período. Os dados, divulgados em estudo do setor de segurança privada, reforçam o desempenho positivo do segmento nas áreas social e econômica e justificam sua participação na condução das políticas públicas relacionadas ao setor. É nesse contexto que atua a Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP). Criado na década de 90, esse grupo é composto de 12 representantes de entidades da área, entre elas a Associação Brasileira de Empresas de Segurança e Vigilância (Abrevis) e a Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores (Fenavist). Sua principal função é colaborar com a Polícia Federal (PF) na aplicação da legislação que regula as atividades do setor, ao estudar e propor soluções O para o aprimoramento da normatização e fiscalização dos serviços privados de segurança sob responsabilidade do departamento. A comissão ainda examina e opina conclusivamente sobre os processos que apurem infrações à legislação que regulamenta o trabalho de segurança privada, entre outras funções, como a avaliação da autorização para funcionamento de empresas especializadas em serviços de vigilância de transporte de valores. “Sempre tivemos participação ativa na consulta, por parte da Polícia Federal, a esses assuntos”, comenta José Jacobson Neto, presidente da Abrevis. De acordo com ele, entre os principais trabalhos do grupo está a discussão do combate à clandestinidade que ocorre na área de segurança privada em grandes eventos, um dos maiores problemas do setor. Estimase que quase 1,5 milhões de agentes atuem de maneira irregular no Brasil, o dobro do número de profissionais legalizados. “Esse contingente despre- Evolução do número de empresas de segurança privada no país 2.282 Distribuição por regiões 2.392 10,4% 2.053 1.650 1.672 parado causa prejuízos à imagem e à credibilidade de empresas idôneas ao atuar sem a qualificação necessária”, afirma Jacobson. “É por essa razão que as entidades de segurança privada sempre promovem campanhas de advertência e combate à clandestinidade, esperando chamar a atenção do mercado para esse grave problema e também apoiar a Polícia Federal em sua atribuição de fiscalização.” Para Jacobson, um dos grandes desafios da comissão é manter sua participação dinâmica como órgão consultivo da Polícia Federal. “Esperamos que a opinião do grupo continue balizando as decisões do departamento. É dessa forma que acreditamos exercer democraticamente nosso papel à frente do importante e estratégico setor de segurança”, afirma o presidente da Abrevis. 1.818 7,4% 18,8% Sudeste Sul 1.386 1.420 Nordeste 20,2% 43.2% Centro-Oeste Norte 2002 2004 2007 2008 2010 Fonte: Estudo do Setor de Segurança Privada (IV Esseg)/Fenavist 16 | Revista SESVESP 2011 2012 2013