Revista Sesvesp Ed. 117 - 2014 | Page 37

ARTIGO Concorda ou Com Corda? Marcos Sousa Palestrante e Especialista em sistemas de segurança eletrônica pela Canadian Security Association (CANASA), Trainer em PNL (Programação Neurolinguística), Practitioner em PNL (Programação Neurolinguística). Avanços tecnológicos como melhor resolução de imagem, melhor capacidade para compensar a variação de luz, armazenamento de vídeos na própria câmera e resistência a trepidações, já estão disponíveis no Brasil” Você já se perguntou por que algumas vezes é tão difícil conseguir a concordância de alguém com quem você gostaria muito de compartilhar um sentimento, pensamento ou ação? E quando você tem uma equipe onde alguns membros insistem em não concordar com a liderança? Ou quando a liderança insiste em não concordar com a equipe? Nessa semana, eu participei de um programa na rádio CBN, chamado CBN Madrugada, apresentado pela Andréa Ferreira, e usei uma metáfora para explicar porque muitas equipes e pessoas se sabotam e não alcançam seus objetivos e sonhos. E gostaria aqui de compartilhá-la com você que não teve oportunidade de ouvir essa entrevista. Imagine duas equipes de 11 jogadores que precisam arrastar uma caixa muito pesada. Nela encontraremos 11 argolas espalhadas pela laterais e no topo, por onde podemos amarrar uma corda. E digamos que cada equipe tenha à sua disposição 11 pequenas cordas. Na Equipe B, o primeiro jogador pegou sua pequena corda e a amarrou numa das 11 argolas da caixa. O seguinte decidiu amarrar sua corda em outra argola, pois acreditou que merecia uma argola diferente. Sucessivamente, cada jogador amarrou sua pequena corda na sua argola particular. Para completar, na hora em que decidiram puxar a caixa, cada um o fez numa direção diferente, num momento diferente e com intensidade diferente de força. Enfim, total falta de coordenação e sintonia. Eles sequer ouviram o líder, que gritava desesperadamente, a fim de colocar ordem no completo caos. Ao final de 8 horas de trabalho, cada jogador puxou a caixa numa direção diferente e, para frustração de todos, ela se moveu para o lado daqueles que tinham mais força, embora tenha sido um deslocamento milimétrico. E alguns perceberam que sua pequena corda havia se rompido por terem usado uma força além da capacidade de resistência da corda. Na Equipe A, todos os jogadores decidiram sentar com o líder e planejaram qual estratégia adotariam para puxar aquela tão pesada caixa. E chegaram a um consenso de que deveriam amarrar todas as pontas das cordas com um laço muito forte, de modo a ter apenas uma corda maior e mais resistente. Depois passaram essa nova corda, maior e mais resistente, por todas as 11 argolas, terminando naquela que apontava na direção que eles queriam chegar. No final, todos os 11 jogadores agarraram essa única corda e a puxaram numa única direção, num só tempo e de forma coordenada, seguindo o comando do líder. Ao final, alcançaram seu objetivo com menos energia, desgaste e tempo que a Equipe B. Segundo o dicionário, a palavra concordar deriva do latim con + cordis (concordare), isto é, com coração, e significa pôr os corações em sintonia. E, só por curiosidade, outra palavra que também deriva de cordis é cordial, ou seja, tudo aquilo que vem de coração, relativo ao coração, amoroso. Fazendo uma analogia, a equipe B não obteve resultado eficiente porque cada um puxou sua corda (apontou seu coração) numa direção diferente, distanciando seus corações. A equipe A, por sua vez, decidiu unir suas cordas (corações), construindo uma só corda maior e mais forte. E os jogadores conseguiram seu objetivo como equipe, porque agiram com o mesmo coração. Ou seja, com+corda=com+coração=com+cordis= concorda. Portanto, concordar é amarrar todas as cordas para formar uma única corda, como uma equipe de um só coração, indo numa mesma direção e propósito, em busca de uma mesma visão. Tudo é uma questão de qual corda você está puxando. Concorde em puxar uma mesma corda! Não só a concordância, como a harmonia começa quando tocamos nos corações e cordas certas. Concorde com a mesma corda! Edição 117 • 2014 |37| Revista SESVESP