Revista Sesvesp Ed. 114 - julho / agosto 2013 | Page 29

Estatuto da Segurança Privada ainda em Debate no Ministério d a Justiça A ABSESP e os sindicatos a ela associados continuam empenhados na luta por um novo estatuto da segurança privada. No dia 16 de agosto passado, após um ano do debate anterior sobre o assunto, integrantes da CCASP (Comissão Consultiva de Assuntos de Segurança Privada que reúne representantes do mercado de segurança privada, assim como trabalhadores bancários e vigilantes, reuniram-se com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para discutir novas medidas de segurança com o objetivo de atualizar a Lei 7.102/83. O Ministro José Eduardo se comprometeu a enviar o quanto antes para o Congresso a proposta do novo estatuto. Para isso, estipulou o prazo de uma semana para que as partes façam suas últimas considerações. A expectativa é que o estatuto já seja aplicado em grandes eventos, como na Copa do Mundo de 2014, cujas operações de segurança privada nos estádios, por exemplo, estariam sujeitas às novas regras. A segurança privada envolve áreas como vigilância patrimonial (em prédios públicos e privados ou eventos sociais), transporte de valores, escolta armada e segurança pessoal. No Brasil o setor movimentou mais de R$ 30 bilhões no ano passado. Apesar do tamanho relevante da atividade, a legislação atual (Lei 7.102, de 1983) é considerada ultrapassada. Uma das novidades do novo estatuto é criminalizar o ato de organizar, prestar ou oferecer atividade de segurança privada clandestina, que estaria sujeita a pena de dois a quatro anos de prisão, além de multa. O uso da vigilância privada em locais não permitidos - como no policiamento ostensivo das ruas, que está a cargo da segurança pública - resultaria em pena de três meses a dois anos de prisão. Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em conversa com líderes da segurança privada sobre o Estatuto do setor, no dia 16 de agosto passado Representantes das mais diversas entidades do setor estiveram presentes O Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira; e Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. julho / agosto 2013 |29| Revista SESVESP