Revista Sesvesp Ed. 113 - maio / junho 2013 | Page 38

ARTIGO Gestão Otimizada E Ronaldo Weck é graduado em Administração de Empresas / Análise de Sistemas (PUCRS), pós graduado em Sistemas de Informações e Telemática (UFRGS) e Marketing de Serviços (ESPM-RS). É Diretor Executivo das empresas Solução Informática e Solução Sistemas. Como gerir uma empresa de segurança ou limpeza estancando custos e maximizando resultados” Revista SESVESP |38| maio / junho 2013 ste é o início de uma série de 5 artigos em que vamos discorrer sobre os problemas comuns para gestão das empresas de Segurança Patrimonial e Serviços e os caminhos para solucioná-los de forma a aumentar a rentabilidade. 1. Introdução Há até 15 anos atrás as empresas de segurança patrimonial não se preocupavam muito em controlar seus custos, pois os lucros eram bons e certos e a concorrência não era tão acirrada. Bastava então adotar a fórmula mágica do “fator K” que tudo estava resolvido. Simples e direto, se era 2.8, 3.0, etc., bastava multiplicar este índice pelo salário do vigilante para encontrar o preço do serviço e o lucro era certo, ou quase. Com o tempo, já com a estabilidade da economia e a contenção da inflação e ainda com o aumento da concorrência, as planilhas de custo começaram a ser adotadas, pois as margens de lucro também diminuíam e era primordial conhecer melhor seus custos. Inicialmente usadas para que o empresário tivesse a certeza de que todos os itens de custo do serviço fossem repassados para o preço final e posteriormente objetivando apresentar maior transparência para o contratante. Hoje, as planilhas de custo são uma unanimidade, ferramentas básicas para qual- quer empresa que atue neste mercado. Contando com os serviços de especialistas em custos, as planilhas estão cada vez mais elaboradas e detalhadas e com isso a questão da formação do preço de venda está bem resolvida. Mas e os custos efetivamente realizados? Será que existe a garantia de que no dia a dia das operações não estamos extrapolando os itens cuidadosamente orçados nas planilhas? Será que podemos disparar uma trava de segurança cada vez que vai se gastar mais vale alimentação do que está orçado para um posto, por exemplo? 2. Operações que afetam o custo Costumo dizer que o sucesso das empresas de prestação de serviços de mão de obra para segurança e limpeza está na administração e gerenciamento do detalhe. Neste negócio temos diversos elementos de baixo valor unitário (VA, VT, Hora Extra, Adicional noturno, peças de uniforme, etc.), mas que multiplicados por centenas ou milhares de funcionários, com diversas ocorrências cada, representam milhares ou até milhões de reais ao final de 1 ano. No passado, quando o ISSNQ era tributado pelo município onde a empresa estava sediada, muitas empresas mudaram toda sua es- trutura para cidades próximas às grandes capitais atraídas com propostas de redução deste tributo gerando uma economia entre 2% e 3% do seu faturamento. Atualmente com a obrigação de tributar onde o serviço é realizado, isto já não tem mais sentido, mas a boa notícia é que com uma boa gestão das operações que afetam o custo da empresa você pode conseguir esse mesmo resultado e até mais, com muito menos esforço e com um investimento muitas vezes menor. Basta para isso gerenciar ao nível de detalhe todas as operações que afetam o custo. Parece fácil e óbvio, não é mesmo? E é sim, apenas é preciso que para isso você tenha disciplina, método e um software adequado como ferramenta. Mas antes de tudo é necessário identificar quais são as operações que afetam o custo. Classifico estas operações em 2 níveis de importância. Em primeiro lugar ficam aquelas que podem representar maiores prejuízos e portanto merecem maior cuidado. 1º. Nível: - Escalas e suas coberturas (afetam o pagamento de horas e benefícios); - Insumos: uniformes, EPIs, materiais e equipamentos para postos; - Impostos mal calculados ou não pagos. 2º. Nível: - Manutenção, frota e