Revista Sesvesp Ed. 111 - janeiro / fevereiro 2013 | Page 10

DESTAQUE Pesquisa inédita dimensiona imagem da segurança privada Levantamento feito pelo SESVESP mostra a importância da segurança privada para a sociedade U ma Pesquisa encomendada pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de São Paulo (SESVESP) mostrou que a grande maioria da população considera a atividade importante e importante. Com o objetivo de avaliar a percepção da população, autoridades e tomadores de serviço, o levantamento identificou os principais itens que influenciam a imagem das empresas e da atividade. Dos pontos de destaque, os entrevistados avaliaram o uso do uniforme e o porte de arma como fatores importantes para dar à segurança privada status próximo ao da polícia nos quesitos de força e uma vantagem nos itens de relacionamento com o público. “É importante avaliar a percepção da nossa atividade. Com os resultados em mãos, podemos orientar nossas ações para ajustar a imagem que o segmento projeta – como uma atenção maior à vestimenta do vigilante –, principalmente por causa da distorção que a clandestinidade proporciona ao nosso setor”, argumenta o vice-presidente do SESVESP, João Palhuca. Em contrapartida, a pesquisa identificou que um dos obstáculos a uma maior aceitação do uso da Revista SESVESP |10| janeiro / fevereiro 2013 segurança privada está na predominância da imagem de preparo insuficiente dos profissionais. “É importante detectarmos isso, pois temos trabalhado no sentido de melhorar a qualificação do vigilante, com a recente atualização da carga horária e da grade curricular dos cursos de formação, além do encaminhamento do Estatuto da Segurança Privada, e isso precisa ser levado ao conhecimento público”, afirma Palhuca. Observação metodológica Foram aplicados dois questionários diferentes para os públicos gerais específicos, porém com um bloco de perguntas que foram feitas aos dois públicos, para fins de comparação. Para os públicos específicos, a pesquisa foi telefônica, impossibilitando o uso de cartões, listas de tópicos e ilustrações. Em compensação foram feitas várias perguntas abertas, que permitem a resposta espontânea dos entrevistados. Estas respostas foram gravadas na íntegra e depois transcritas e agrupadas em categorias lógicas. No relatório anexo elas são identificadas pela nota (respostas espontâneas) entre parênteses. Para um público mais conhecedor do tema como os públicos específicos, as respostas espontâneas permitem captar melhor as razões e raciocínio por trás das respostas. Composição da amostra PÚBLICO GERAL Cidade / Quantidade de entrevistas São Paulo - 360 Campinas - 80 ABC - 80 Bauru - 80 São Carlos - 80 S. J. dos Campos - 80 Santos - 80 econômica (economicamente ativos ou inativos) , PÚBLICOS ESPECÍFICOS • 50 tomadores atuais de serviços (usam os serviços de empresas de segurança privada). • 20 clientes em potencial (têm segurança orgânica atualmente). • 10 representantes da sociedade civil relacionados à área de segurança. • 15 jornalistas. • 10 políticos. Entrevistas realizadas entre 01 e 20 de dezembro de 2012. TOTAL: 840 (margem de erro estimada de 3,5%, para um intervalo de confiança de 95%). Entrevistas realizadas entre 22 de novembro e 4 de dezembro de 2012. Abaixo, alguns dos principais pontos detectados pela pesquisa: A amostra foi desproporcional, para garantir um número mínimo por cidade. Para obtenção dos resultados finais totais foi feita uma ponderação levando em conta o tamanho das populações de cada cidade. Para seleção dos entrevistados foram sorteados setores censitários com probabilidade proporcional ao tamanho. Em cada ponto os entrevistados foram selecionados por quotas de sexo, idade, instrução e atividade A maioria da população e dos públicos específicos percebe os seguranças como sendo despreparados. Na percepção dos entrevistados, a melhoria da qualidade da atuação das empresas de segurança passa por três eixos, sendo o mais importante o processo de treinamento, que precisaria ser cuidadosamente estudado, atualizado e normatizado. Uma vez realizado, o treinamento deveria, ne- Resultado Negativo Percepção de Despreparo