Revista Sesvesp Ed. 108 - julho / agosto 2012 | Page 23

CIDADANIA Projeto Soldado Cidadão E Paulo Lacerda Diretor Executivo da ABREVIS Houve o entendimento para o Ministério da Defesa disponibilizar recursos financeiros para que os Cursos de Formação de Vigilantes realizem a capacitação dos militares temporários no último ano de serviço ativo, em especial os com idade entre 25 a 27 anos. ” m consequência dos diversos entendimentos realizados ao longo de 2011/2012, em Brasília e São Paulo, encontra-se em fase conclusiva as definições visando a parceria entre a ABREVIS / ABSESP e as Forças Armadas, a propósito do Projeto Soldado Cidadão, com vistas a futura inclusão no mercado de trabalho da segurança privada de jovens ex-militares, que ao deixarem as suas corporações poderão ser matriculados pelo Ministério da Defesa em cursos de formação profissional de vigilantes, para a contratação pelas empresas do nosso segmento. Houve o entendimento no sentido do Ministério da Defesa disponibilizar a partir de 2013 recursos financeiros para que os Cursos de Formação de Vigilantes passem a realizar a capacitação dos militares temporários no último ano de serviço ativo, em especial os com idade entre 25 a 27 anos. Os jovens, após servirem por até 7 anos em postos de Soldado a 2º Tenente, ao serem dispensados das Forças Armadas trazem uma formação militar sólida calcada nos valores da disciplina e civismo. Ademais, já estarão habilitados nas práticas de tiro e adestramento físico, qualidades que facilitarão o seu rápido aproveitamento nas atividades de vigilante, e a partir daí certamente irão galgar posições fun- cionais na hierarquia das empresas. A fim de que os recursos orçamentários do Ministério da Defesa sejam suficientes ao atendimento de um maior número de militares que serão inscritos no curso básico de vigilante, verificou-se a conveniência da redução dos custos da formação profissional do aluno-militar. O fator que vai resultar numa efetiva diminuição do preço a ser cobrado pelas empresas de cursos especializados em segurança privada estava a depender de a Polícia Federal dispensar os alunos do -militar-temporário do Projeto Soldado Cidadão nas duas referidas disciplinas. Haverá apenas aulas de adaptação a armas de defesa pessoal, providência que importará na redução de custos da formação básica deste profissional em todo o Brasil. Em 25 de setembro passado, fomos informados oficialmente pela CGCSP / DPF sobre a elaboração da minuta de Portaria que vai disciplinar a matéria no âmbito dos Ministérios da Justiça e Defesa. A medida terá amplo alcance social para o aproveitamento Projeto Soldado Cidadão de realizarem treinamentos em tiros e em práticas físicas, uma vez que os mesmos já se encontram capacitados em tais disciplinas. Neste caminho, as entidades ABREVIS / ABSESP pleitearam e finalmente conseguiram não apenas sensibilizar o Ministério da Defesa, mas também a Polícia Federal haja vista que a Coordenação-Geral de Controle da Segurança Privada concordou em estabelecer uma regra de excepcionalidade para considerar atendida a prévia capacitação do aluno- dos ex-militares no mercado de trabalho, e propiciará a elevação na qualidade da mão de obra profissional na segurança privada. As autoridades encarregadas do assunto estudam a possibilidade de que a Portaria em causa seja assinada em conjunto pelos Senhores Ministros da Justiça e da Defesa, em solenidade em princípio prevista para o próximo mês de novembro, em Brasília, na data em que se comemora a criação do Projeto Soldado Cidadão das Forças Armadas. julho / agosto 2012 |23| Revista SESVESP