Revista Sesvesp Ed. 107 - maio / junho 2012 | Page 15

Saúde emocional e mental também preocupa N ão há como falar sobre saúde sem mencionar a mental e emocional. Único, o ser humano não é divisível, apesar de muitos se referirem ao lado profissional da pessoa, como se fosse uma outra identidade. O indivíduo é indissociável, e tanto a saúde mental como a física são importantes para o desempenho de suas funções sociais ou laborais. O caso mais grave de doença mental é a esquizofrenia. Tendo como sintomas, o delírio e a alucinação, é a patologia em que a pessoa reconstrói a realidade a partir de uma lógica própria. No Brasil, dados de 2009 apontavam que existiam 1.850.000 pessoas sofrendo de esquizofrenia. Além desses, também existem outros milhões de casos patológicos menos graves, mas que também preocupam os estudiosos. Com o aumento da medicalização e de diagnósticos baseados em aspectos de distúrbios emocionais, fica a pergunta: “que sociedade é essa que está ‘produzindo’ tanta gente doente emocionalmente”? “Algumas práticas como exigências exageradas, ambiente urbano altamente estressante, poluição, insegurança, salários baixos, famílias grandes, favelas, altas expectativas, auto-imagens distorcidas, relações pessoais com qualidade ‘descartáveis’, dificuldade para lidar com obstáculos e frustrações são alguns dos fatores que levam a um desequilíbrio emocional”, ensina Eliana Tiezzi Nascimento, psicóloga e fundadora do Papel de Gente, espaço de circulação de saberes e práticas em torno da saúde mental, reciclagem, preservação ambiental e des