Revista Sesvesp Ed. 105 - Janeiro / Fevereiro 2012 | Page 37
Opinião
Segurança: Por que Resistir à
Prevenção?
T
Erasmo Prioste
é graduado em engenharia,
especialista em segurança
de patrimônio, delegado
regional do Sesvesp e
diretor comercial do Grupo
Segurança/ Security
Vigilância Patrimonial.
odos os dias,
boa parte do
noticiário é
recheada de
ações criminosas e expõe,
por meio de tristes histórias
das vítimas, as mazelas da
segurança no país. São casos
que deixam sequelas nos
protagonistas e amedronta a população em geral. E
como reagimos? Embora
cada pessoa tenha seu jeito próprio de lidar com a
questão, alguns comportamentos coletivos merecem
ser destacados.
A nós, especialistas em
segurança, intriga o fato de
que muitos dos casos de violência – noticiados ou não –
são evitáveis, ou pelo menos
passíveis de causar menos
danos, mas para isso é necessário adotar medidas preventivas, muitas vezes bem
simples, que os indivíduos
parecem não enxergar; as
autoridades, não alertar e
a sociedade, desconsiderar.
Hoje, só retiramos um
carro da concessionária com
uma apólice de seguro em
vigor, travamos os cintos de
segurança antes de engatar
a primeira marcha e mantemos um ciclista no solo,
imóvel, mesmo após uma
colisão leve. Sabemos que
acidentes graves também
acontecem com carro zero
quilômetro, que podemos
quebrar um pára-brisa com
a cabeça (e morrer) após um
choque frontal a 60 km/h e
causarmos uma lesão definitiva na coluna vertebral
se não tivermos a paciência
de aguardar quinze minutos, deitados no asfalto, pela
chegada de uma equipe de
resgate profissional.
Bons exemplos, mas quando o assunto é a segurança
da sua casa e moradores ou
da sua empresa e funcionários, os brasileiros ainda
estão longe de um patamar
desejado. A grande maioria investe pela primeira
em vez em vigilantes profissionais, câmeras, alarmes,
monitoramento remoto ou
julho / agosto 2011
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