Revista Sesvesp Ed. 104 - Novembro / Dezembro 2011 | Page 8
OPINIÃO
Apagão de mão de obra
preocupa o Mercado de
Segurança Privada
U
Gabriel Ribeiro Tinoco
Administrador de Empresas
pela PUC-SP, MBA em Direção
de Segurança Empresarial
pela Universidade Comillas
de Madrid – Espanha, MBA
em Gestão Estratégica de
Segurança pela Universidade
Anhembi-Morumbi
Para enfrentar
o ‘Apagão de
Mão de Obra’
é preciso
investir em
recrutamento e
seleção”
Revista SESVESP
|8| novembro / dezembro 2011
m dos temas
mais comentados nos últimos meses
pelos principais jornais e
revistas do país é a falta
de mão de obra qualificada que assola a economia
brasileira. Para esse gargalo
deu-se o nome de “Apagão
de Mão de Obra”, problema
que atinge os mais variados
níveis de trabalho, desde os
postos operacionais (pedreiros, soldadores, vigilantes,
etc...) até cargos de nível
superior, como executivos,
gerentes e gestores.
Economistas e especialistas concordam que a base
dessa questão é o sistema
educacional. A exemplo de
países como Coréia e Singapura, que enfrentaram o
mesmo problema de escassez
de mão de obra qualificada, o Brasil precisa investir
consistentemente na educação de base para formar
com qualidade as próximas
gerações de trabalhadores.
Essa é uma solução de longo prazo, mas a economia, e
principalmente as empresas,
não podem aguardar tanto
tempo. É necessário encontrar
soluções de curto prazo para
atender à demanda atual.
Da mesma forma que
a economia brasileira está
em franca expansão, o mercado de Segurança Privada
cresce fortemente no Brasil.
Como parte do segmento
de prestação de serviços, o
aquecimento do mercado
de Segurança Privada vem
contribuindo significativamente para a queda da taxa
de desemprego, que atualmente está em apenas 6%
da força produtiva.
Para atender à expansão
do mercado, as empresas
de Segurança Privada estão
buscando alternativas para
atrair novos trabalhadores
e reter os vigilantes que já
atuam no segmento, tarefa que está cada vez mais
difícil, visto que os outros
mercados de trabalho também estão captando trabalhadores no nosso segmento.
Em uma atividade tão sensível como é a de Segurança
Privada, e que tem o controle atento da Polícia Federal,
não é possível flexibilizar a