Revista Sesvesp Ed. 100 - Março / Abril 2011 | Page 40
polêmica
Utilização de
policiais militares
em horários de folga
divide opiniões
e alerta segmento
de segurança
C
“Bico Oficial”
riada em 02 de dezembro
de 2009, a partir de um
convênio entre a Prefeitura
de São Paulo, por meio da
Secretaria de Coordenação
das Subprefeituras, e o Governo do
Estado, a Operação Delegada instituiu
o “Bico Oficial” dos policiais militares
que atuam na cidade de São Paulo.
Dessa forma, em suas horas de folga,
passaram a fiscalizar os ambulantes
da Capital.
O militar contratado usa parte do
seu tempo de folga para trabalhar em
patrulhamento pela cidade, sob coordenação e custeio do município.
O valor pago ao trabalhador gira em
torno dos R$ 100 por dia, com uma
jornada extra de, no máximo, nove
horas e limite de 12 dias para cada
policial. No Estado, um policial militar
ganha R$ 2.170 mil, com 12 horas de
trabalhos e 36 de descanso. Os policiais que participam da Operação Delegada cumprem escalas feitas pela
PM, usam farda, viaturas, arma e colete de proteção da corporação e estão
completamente protegidos diante de
qualquer situação de risco inclusive
com seguro e assistência médica.
Desde a implantação desse programa, a iniciativa já se alastrou por
todo o país. Começou a se expandir
pelo interior do Estado de São Paulo,
com a adesão das prefeituras de Barretos e Sorocaba. Outras 15 cidades
paulistas já estudam aderir ao “bico”
oficial, segundo o governo estadual.
Por afetar o período de folga, a alternativa é alvo de críticas de especialistas e entidade de classe.
No Rio de Janeiro, o Governo do
estado abriu as inscrições para os
policiais militares interessados em
Revista SESVESP
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alastra-se pelo país